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Em Pauta

Os micróbios são superiores aos humanos?

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/09/2022 07:10
Os micróbios são superiores aos humanos?
Provavelmente, sim. Muito depois do ser humano ter desaparecido do planeta, eles estarão aqui. E não nos esqueçamos que eles estavam na Terra muito antes de nós. Eles resolveram problemas chave à sua maneira. Pode ser surpreendente, mas eles sabem como comunicar-se, são ótimos em adaptação a ambientes hostis, sabem lutar como nenhum outro ser vivo e são extremamente versáteis. E estamos falando de uma comunidade descomunal. São milhões de espécies diferentes e tem uma vida social inacreditável, para os estudiosos, apaixonante.


Os micróbios são superiores aos humanos?
Vida social microbiana?

Os micróbios são, via de regra, extremamente sociáveis. Deveríamos aprender muito com eles. Um dado fundamental para entender a sociabilidade deles: o corpo humano tem mais células microbianas que humanas. E essa imensa comunidade, determina, em parte, como reagimos. São eles que podem dar respostas a muitas de nossas doenças, como funciona nosso metabolismo e até algumas de nossas funções cerebrais.


Os micróbios são superiores aos humanos?
Sars-Cov-2 foi só uma das muitas "rebeliões microbianas".

A grande dificuldade dos humanos é entender as enormes mudanças que estão sendo gestadas no universo microbiano. Elas causarão muita instabilidade. Estamos vendo apenas um dos "atos de rebeldia" microbiana com o Sars-Cov-2. Muitas dessas mudanças tem origem na atividade frenética humana.


Os micróbios são superiores aos humanos?
Inimigo implacável: a bactéria come-carne.

Os cientistas preveem que a próxima pandemia será bacteriana. Uma das mais estudadas é a bactéria S.pyogenes, apelidada "come-carne". Causam feridas horríveis quando conseguem se meter sob a pele e alcançar os músculos. Esse é um tipo de lesão que está documentado desde o século V antes de Cristo. Costuma aparecer em momentos terríveis para a humanidade. Por exemplo, atacou milhares de soldados durante a guerra de Secessão, nos Estados Unidos e em outros milhares de dependentes da heroína na São Francisco dos anos noventa. O pior é que essa bactéria está se tornando imune aos antibióticos convencionais. E as pesquisas para novos antibióticos está parada há vinte anos, por desinteresse da indústria farmacêutica.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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