Petrobras, maior gigante brasileiro, virou alvo fácil, mas ressurgirá
A Dilma da Dilma na Petrobras
No posto desde fevereiro de 2012, a presidente da Petrobras, Graça Foster, já foi chamada de "a Dilma de Dilma" por seu apreço a planilhas, conhecer todos os detalhes dos projetos e contar com a confiança da Presidenta da Republica. Quando assumiu a petroleira, ela foi incumbida por Dilma de promover uma "faxina" na diretoria, demitindo, sem alarde, executivos mal vistos internamente. Graça Foster imprimiu um ritmo mais enérgico à gestão da estatal e fez declarações duras contra seu antecessor, Sérgio Gabrielli, mostrando que os números do pré-sal eram falsos. Também cobrou publicamente de fornecedores o cumprimento de prazos e respeito às metas, dessa vez com críticas apenas indiretas a seu antecessor. Tudo parecia correr muito bem. Parecia.
Tombo de Graça: ações caem 50%
Foi na gestão de Graça Foster, no entanto, que a empresa perdeu valor de mercado, asfixiada pela política econômica comandada pelo Ministério da Fazenda e o czar Mantega, a Petrobras foi derrotada inúmeras vezes pelo afã de controlar preços para segurar a inflação. O tamanho do estrago é inacreditável: quando Graça assumiu o comando, a Petrobras valia, em bolsa, R$ 330 bilhões. Na semana passada, seu valor de mercado era de R$ 163 bilhões, um tombo de 50% no período.
Com certeza, com Graça ou sem Graça, o maior gigante brasileiro passará por uma grande faxina nos próximos meses. Seus funcionários, outrora orgulhosos de serem petroleiros, também sentem na pele a deterioração da imagem da companhia, cujos empregos, sempre preenchidos mediante concursos duros, costumavam ser os mais disputados do mercado. Neste ano, para 663 vagas se inscreveram 310 mil candidatos, a despeito do tsunami que está se abatendo sobre o gigante.
Fênix ressurgirá do lamaçal do petróleo
Há esperança de melhores dias para uma empresa que tem o maior plano de investimento do país, com obras que movimentam toda a economia nacional. Entre 2014 e 2018, estão previstos investimentos de R$ 220 bilhões. Não dá para imaginar que não existe luz no fim do túnel, mesmo com vários "fornecedores de energia" na cadeia, em uma empresa que conta com 86 mil funcionários e tem reservas de 16,5 bilhões de barris de óleo. Com Graça ou sem Graça, ela será uma fênix e emergirá do fogo e lamaçal.
Centrais sindicais são contra mudanças do PIS
As centrais sindicais atacaram a possibilidade do governo federal tentar aprovar, no próximo ano, uma regra que reduzirá o valor do abono salarial do PIS. O benefício é devido a trabalhadores que ganham, em média, até dois salários mínimos mensais.
A medida faz parte de um pacote de redução de gastos que a nova equipe econômica estuda. Também estão em estudo mudanças na regra do seguro-desemprego e em benefícios pagos pelo INSS, como as pensões por morte. Os gastos com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) aumentaram mais de 23%. Somente as despesas com abono salarial e seguro-desemprego somaram R$ 47 bilhões no acumulado de janeiro a outubro, o que representa uma elevação de 23,8% ante mesmo período do ano anterior. Só em outubro deste ano, os gastos somaram quase R$ 7,5 bilhões. Um absurdo em um país com baixíssima taxa de desemprego.
Eucaliptos e certificação digital
Cada eucalipto permite a produção, em média, de 20 mil folhas de papel. Nos últimos 14 anos, o Brasil deixou de cortar 7 milhões de árvores com o advento da certificação digital. É um ganho ambiental estupendo. Este é um raro setor em que os governos estão à frente da iniciativa privada. A próxima fronteira da certificação digital serão os escritórios de advocacia e os hospitais.
Papai Noel moderninho
Os papais noéis de quatro shoppings centers do grupo Iguatemi (dois na cidade de São Paulo, um em Brasília e outro em Ribeirão Preto) utilizarão óculos Google Glass para filmar suas interações com as crianças. O objetivo da ação é divulgar os vídeos na internet para os pais e filhos assistirem. Uma boa ideia.
O brasileiro é um povo carnívoro
Um dos índices que medem a melhoria da dieta de uma população é justamente a quantidade de proteína (carnes) em relação aos carboidratos (vegetais). Com a melhoria das condições de vida dos brasileiros nos últimos anos, a quantidade de carnes consumida cresceu enormemente.
Em duas décadas, a produção de carne bovina saltou de 3,3 milhões de toneladas para 8,2 milhões de toneladas, destinadas apenas ao mercado nacional, um crescimento de 145%. Com dinheiro no bolso, muitos pecuaristas passaram a investir na produção. Hoje, temos pastos melhores e sistemas mais sofisticados de produção de carne, em especial o confinamento.
Na avicultura, o arranque também foi fantástico. O abate de frangos saiu de 2,4 milhões de toneladas para 12,4 milhões de toneladas nas duas décadas, uma alta de 422%. Até a carne suína, a que menos cresceu, impressiona: saiu de 980 mil toneladas para 3,1 milhões, alta de 217%.