Piquenique na boca do vulcão. Câmara anistia partidos
A Câmara de Deputados Federais aprovou regime de urgência de um projeto para anistiar os partidos políticos de erros ou faltas em suas contabilidades. O primeiro reparo a ser feito é que não se trata de anistiar políticos. As redes sociais estão abarrotadas de mensagens repudiando tal projeto, entendem que ressuscitaram o projeto do ano passado que pretendia anistiar políticos.
Outra questão fica por conta da perplexidade da quantidade de votos que a tramitação acelerada obteve: 314 deputados foram favoráveis. Apenas 17 deputados votaram contra. Apenas um partido se posicionou contrário a essa tese - o PSOL. Para consternação de muitos, os comunistas declarados desse partido votaram na totalidade pela tramitação morosa, comum no Congresso Nacional. Um deles, Deputado Chico Alencar, verbalizou uma joia de avaliação da Câmara Federal: "Eles adoram fazer piquenique na boca do vulcão".
Resta questionar se existirão partidos que terão suas contabilidades aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso tal projeto não seja aprovado. Talvez fosse hora de todos os partidos se autodissolverem e reduzirem drasticamente o número dessas legendas. A imensa maioria são apenas cartoriais. Só servem para conchavos e bem aventurança de seus dirigentes.
Congresso pressiona Receita Federal para anistia generosa
Ultimamente o Congresso só pensa em anistia. Anistia para os partidos e para empresários. Articulam-se para modificar o "Programa de Regularização Tributária" lançado pelo governo no fim do ano. O programa é uma espécie de anistia. Anistia para os governantes passou a ser chamada de "Refis". Os deputados e alguns representantes dos empresários desejam ampliar o número de parcelas, reduzir o valor dos pagamentos e permitir descontos nas multas, juros e encargos financeiros de dívidas com a União. Apresentaram nada menos de 300 emendas para mudar o projeto do governo.
O índice de miséria brasileiro tem ligeira melhora
O índice de miséria foi criado por um economista norte americano no começo dos anos 70. O nome original era índice de desconforto, combinava a evolução do desemprego com a inflação. Posteriormente, o presidente dos EUA Jimmy Carter o renomeou para índice de miséria.
No Brasil tal índice vem sendo monitorado pelo Banco Fibra. Chegou a alcançar 20,65% em setembro do ano passado - seu pior momento desde 2012. Todavia, caiu para 19,3% em dezembro de 2016. Essa queda é devida à inflação que passou de 8,48 em setembro para 6,29 em dezembro. A taxa de desemprego subiu de 11,8% em setembro para 12% em dezembro. A péssima notícia é que o banco projeta um crescimento do desemprego até abril. Acreditam que poderá ultrapassar a marca de 13%. A outra projeção que fazem é a queda do desemprego para patamares próximos a 10% somente no ano vindouro.