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Em Pauta

Robôs cirurgiões: um avanço veloz apesar das controvérsias

Mário Sérgio Lorenzetto | 14/08/2022 09:30
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Mesmo com a enorme quantidade de cirurgias adiadas, devido à covid, em 2021 foram realizadas mais de 14.000 operações no Brasil usando essas máquinas. Em verdade, apesar da fama, não são robôs pois não tomam decisões; também não são cirurgiões - por enquanto - porque só um humano pode realizar cirurgias. Mas essa controvérsia está com os dias contados.


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Ainda são caríssimos.

O Brasil conta com pouco mais de 80 robôs cirurgiões, todos na rede privada. Um robô Da Vinci, o primeiro e mais vendido no mundo, custa entre 1,5 e 2,5 milhões de dólares. Além disso, o hospital tem de pagar um mínimo de 140.000 dólares anuais a título de manutenção. Por enquanto, esse é o grande argumento contra essa eficaz ferramenta. O paciente, devido a esses custos elevados, tem de pagar uma taxa a mais pela cirurgia, variando muito de um hospital para outro. Mas esses preços despencarão à partir deste ano, a patente do DaVinci perdera validade e a concorrência se instalará no mundo. Ingleses e chineses estão com máquinas preparadas.


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Menor tempo de duração da cirurgia e menor tempo de recuperação.

Os defensores dessa tecnologia esgrimem que, apesar do alto preço de compra e manutenção, a cirurgia assistida por robô tem vantagens como o tempo menor de duração (retirei um tumor da bexiga em uma cirurgia, programada para duas horas, em apenas 30 minutos) e o menor tempo de recuperação dos pacientes. Um recente estudo, todavia, diz que para cirurgias ginecológicas há um aumento de 13% no tempo de duração. Também há o inverso na marcação de tempo recorde - é o caso das cirurgias de retirada, parcial ou total, da próstata que se tornaram ultra rápidas.


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O que faz um robô na sala de cirurgia?

Para o médico, a grande diferença em comparação com a laparoscopia é na visão em 3D dada pelo robô, enquanto naquela já tradicional cirurgia só enxergam o campo operatório em duas dimensões. Também há um problema de geração. Os médicos mais novos já saem da faculdade com os olhos e mãos super bem treinados no uso de joysticks, condição necessária para melhor aproveitamento dos robôs. Enquanto a laparoscopia necessita de tubos que entram no corpo humano levando instrumentos e câmera, o robô não necessita desses tubos, pois maneja os instrumentos desde um console, um "centro de controle", podendo movê-los para todos os lados, também para cima e para baixo. Esses movimentos não existem na laparoscopia.

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