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Em Pauta

Supercontagiadores invisíveis: mais de 1 bi de vírus na garganta

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/05/2021 08:36
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Quase um ano e meio depois do aparecimento da covid-19, a comunidade científica continua esclarecendo como o vírus conseguiu passar tão rapidamente de um primeiro caso, no final de 2019, para quase 167 milhões de infectados confirmados desde então no mundo. O contágio é de altíssima velocidade. O maior estudo da carga viral nos pacientes de covid, com mais de 25.000 participantes, confirma agora o papel dos supercontagiadores invisíveis.


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Ventiladores de vírus.

A pesquisa realizada em Berlim, mostra que as pessoas infectadas alcançam o pico de carga viral - quantidade de vírus - entre um e três dias antes do aparecimento dos sintomas. Há contagiados que se convertem em verdadeiros ventiladores de vírus sem suspeitar. Uma amostra comum tomada da garganta contém em torno de 2,5 milhões vírus. Todavia, os supercontagiadores, 9% dos infectados, chegam a ter mais de 1 bilhão de vírus na garganta.


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Uma minoria infecta a maioria.

A ideia de que uma minoria infecta a maioria das pessoas ficou comprovada com esse estudo. Algo como 90% dos vírus que circulam estão na garganta desses supercontagiadores.


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71% dos infectados não transmitem a doença.

Há outra pesquisa recente, realizada com 85.000 pessoas na Índia, mostrando que nada menos de 71% dos infectados não transmitem a doença. Corrobora o estudo alemão.



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O papel das crianças na transmissão do vírus.

Um outro trabalho na Alemanha ilumina outro dos aspectos mais confusos da pandemia: o papel das crianças. Os cientistas observaram que não há muita diferença na quantidade de vírus na garganta de adultos entre 20 e 65 anos. Mas, nas crianças menores de 5 anos, encontraram "somente" 800.000 vírus em suas gargantas. Três vezes menos do que a média nos adultos (2,5 milhões vírus). A carga viral vai aumentando gradativamente com a idade nas crianças e adolescentes.
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