Vem aí a reforma do ICMS que explodirá a economia do MS.
A discussão errada, na hora errada e no lugar errado. Vem aí a reforma do ICMS que explodirá a economia do MS.
O governo do Estado apresento sua versão das contas da administração passada. É uma versão numérica do palanque eleitoral que se instalou desde meados do ano passado no Mato Grosso do Sul. Um embate entre André e Azambuja. Não há consequência alguma para o futuro de nossa economia e nem para os cofres do governo estadual. Só importa para os políticos.
Na mesma hora que o governo mostrava esses números, esse debate político, o Senado Federal votava o início da Reforma do ICMS. O primeiro projeto é salutar para a nossa economia e para os cofres governamentais. O projeto da Senadora Lúcia Vânia (GO) convalida os benefícios fiscais concedidos às indústrias aqui instaladas. Dá segurança jurídica a elas uma vez que o governo não poderá cobrar qualquer valor do passado em decorrência desses benefícios. É uma aspiração do setor industrial que vem de longas batalhas contra o governo do Estado de São Paulo. Também entrará na pauta de discussão do Senado outro projeto que beneficia o Mato Grosso do Sul - o término da unanimidade do Confaz (a reunião de todos os Secretários de Fazenda e do Ministério da Fazenda). As primeiras informações dizem que tão somente a bancada de senadores paulistas votará contra esse projeto benfazejo. Com sua aprovação o governo paulista perderá a condição de vetar os benefícios concedidos pelos demais Estados, prática usual e costumeira desde há muitos anos. Em suma, os Estados poderão conceder benefícios através do Confaz.
Todavia, a pior notícia das últimas décadas para o Mato Grosso do Sul também vem do Senado Federal. Estão tentando votar na próxima terça-feira a uniformização das alíquotas do ICMS. Esse projeto destruirá o futuro da economia do nosso Estado. A estratégia de seus defensores é criar fundos de ressarcimento para os governos estaduais. Esses fundos visam repor as perdas que os cofres de muitos governos estaduais terão. Os cofres do governo do Mato Grosso do Sul terão muitas perdas e talvez uma parte dessas perdas seja compensada. Mas não existe fundo ou qualquer artifício para as perdas que a quase totalidade de nossos empresários terão. A indústria do nosso Estado sofrerá consequências drásticas com a perda de uma grande quantidade de empregos. A agricultura e pecuária terá seus insumos essenciais encarecidos por essa mudança nas alíquotas. O comércio do Mato Grosso do Sul não suportará a enorme e devastadora concorrência de seus similares paulistas. Enfim, não existe ressarcimento para a derrocada de nossa economia. Estão travando a discussão errada, na hora errada e no lugar errado. O debate correto é como travar esse maléfico projeto de uniformizar alíquotas do ICMS. A hora correta já passou e ainda pode ser salva com muita correria. O lugar do debate que preocupa a todos é o Senado.
"Consumidor apertado" é a nova realidade nacional.
O novo perfil do brasileiro é o de uma pessoa preocupada com a inflação, economizando para pagar as muitas dívidas do passado, cortando gastos com lazer e reduzindo as idas aos supermercados. Para acompanhar essa onda, os lojistas devem apresentar preços mais camaradas e muitas promoções. O "consumidor apertado" está simplesmente trocando as lojas e os produtos que se acostumou no passado de fartura.
Uma pesquisa da consultoria Nielsen, realizada com 48 milhões de domicílios urbanos, mostrou que o "consumidor apertado" corresponde atualmente a 52% da população brasileira. Segundo esse estudo, 13% dos brasileiros estão economizando para pagar dívidas atrasadas e 64% afirmam que diminuíram as despesas com lazer. Somente as classes A e B, com maior poder de compra, continuam a gastar sem pensar em algum tipo de redução.
No ano passado, segundo a Nielsen, a categoria de produtos que mais se destacou, com vendas equivalentes a 30% do faturamento total apurado na pesquisa, foi a de cervejas e refrigerantes. Esse setor conseguiu elevar preços, fez promoções e ofereceu diversos tipos de embalagens. O volume de cerveja vendido no país cresceu 5% e a Coca-Cola, líder do setor de refrigerantes, aumentou suas vendas em 2%.
Os preços dos grãos continuam caindo.
As bolsas de valores continuam a emitir más notícias para os grãos. Em março continuaram a registrar queda, ainda que um pouco suave para algumas commodities. O açúcar caiu 10,35%, a soja 1,37%, o algodão 0,80% e o milho 0,32% na comparação com o mês anterior. Quando a comparação é realizada com o mês de dezembro, surgem valores muito expressivos: soja com 30,20%, açúcar com 27,19% e o algodão com 31,02%. Essa mesma bolsa, de N.York e Chicago, apontam sinais que as curvas descendentes ainda podem piorar. Mas, há exceções, para as quais há perspectiva de alta como é o caso do milho por ter ocorrido uma redução da área plantada nos EUA. É aguardada uma valorização, ainda que por pouco tempo, somente para o milho. Para a soja a aposta é a inversa. Ocorreu uma ampliação da área plantada nos EUA e um avanço relativamente tranquilo da colheita na América do Sul.
Atraso nas obras para a Olimpíada.
A empresa enrolada no Lava-Jato, Queiroz Galvão, deu aviso prévio a 500 trabalhadores comprometidos com as obras da Olimpíada do Rio de Janeiro. O aviso prévio está diretamente relacionado com a falta de pagamento à empreiteira pela Prefeitura do Rio, que por sua vez repassa recursos do governo federal para as obras. A empresa tem 1.000 trabalhadores envolvidos nas obras olímpicas. O valor contratado dessas obras é de R$600 milhões, dos quais, até agora foram pagos R$ 60 milhões até janeiro de 2015. Vai ter Olimpíada?
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