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Finanças & Investimentos

Especialistas dizem onde investir após a eleição de Dilma

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 29/10/2014 08:37

Cinco especialistas ouvidos pelo portal uol acreditam que a presidente irá reajustar o preço da gasolina, o que deve beneficiar as ações da Petrobras, e tentar controlar a inflação sem aumento da taxa de juros.O mercado financeiro, que demonstrou preferência pelo candidato Aécio Neves (PSDB), pode, num primeiro momento, exigir taxas maiores de juros para comprar títulos públicos e derrubar as ações da Bolsa, num cenário que levaria também a um aumento do dólar.No entanto, essa possível situação de estresse não deve durar muito, afirma Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora. "O pessimismo do mercado com a reeleição da presidente deve atingir o máximo num prazo mais curto, e depois retroceder", diz. "Afinal, não há nada mais bipolar do que o mercado." William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-SP, diz que os próximos dois anos devem ser difíceis para a economia, independentemente do presidente, pois o cenário externo não é favorável. Vejam, a seguir, as indicações dos especialistas sobre onde investir agora:

AÇÕES:
Clodoir Vieira, analista de investimentos da Compliance Comunicação: compre Petrobras, pois o reajuste da gasolina deve ser inevitável, o que é benéfico para a ação. Demais estatais devem sofrer. Cautela com a Bolsa.

Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora: se decidir investir em ações, coloque limites de perdas (os chamados stop-loss), pois a Bolsa tende a ficar instável. O setor de bancos privados é um dos poucos que pode ter ganhos neste primeiro momento.

Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper: compre ou venda ações se estiver de acordo com sua estratégia. Investimento não deve ser aposta.

Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora: aguarde alguns dias após a eleição e compre ações inclusive da Petrobras, que deverão ficar bem abaixo do preço-alvo. A Bolsa é uma oportunidade no curto prazo, mas, no ano que vem, mantenha constante observação.

William Eid, coordenador do centro de estudos em finanças da FGV-SP:compre ações de bancos privados e empresas concessionárias. Evite as estatais até que sejam verificadas as denúncias.

Caso o comportamento da Bolsa seja de grande estresse neste primeiro momento, com queda acentuada, o conselho dos especialistas é manter a calma e não sair vendendo. "Tem que ter sangue frio e analisar cada empresa antes de vender ou comprar", diz Clodoir Vieira. Leandro Martins afirma que não se deve tomar nenhuma atitude enquanto o mercado não decide para que lado vai. Para Michael Viriato, a Bolsa em queda é momento de ajustar a carteira, uma oportunidade de comprar boas ações a um preço mais baixo. Eid resume: "Não se deve fazer grandes movimentos em meio a uma crise psicológica."

POUPANÇA:
Vieira: mantenha o investimento se a taxa de juros permanecer no nível de 11% ao ano, mas fique atento à inflação. Mais elevada, diminui a rentabilidade.

Martins: é simples de investir e de acompanhar, mas opções como a LFT do Tesouro Direto tendem a ser mais rentáveis no atual patamar dos juros básicos (Selic).

Viriato: só é válida se o investimento total for baixo (menos de R$ 5 mil) e com um horizonte de curto prazo (até 6 meses). Fora dessas condições, ela não é vantajosa.

Silveira: quem tem perfil conservador deve manter o investimento, que tem baixo risco, não paga taxa de administração nem Imposto de Renda e tem garantia do FGC (em caso de quebra do banco).

Eid: o investimento só se justifica pela falta de conhecimento de opções mais vantajosas como
Tesouro Direto.

TÍTULOS PÚBLICOS:
Vieira: compre títulos indexados à inflação, que deve se manter elevada. Títulos pós-fixados também são aconselháveis.

Martins: sugiro comprar NTN-Bs, papéis indexados à inflação, com prazo até o final do governo Dilma.

Viriato: o investidor deve definir uma estratégia e alocar, de acordo com objetivo, prazo e perfil de risco, uma parte em renda fixa, uma parte em títulos que protegem da inflação e uma parte em renda variável.

Silveira: oportunidade para comprar títulos do Tesouro, tanto pós-fixados quanto prefixados e também indexados à inflação, pois o mercado deve exigir taxas maiores para se financiar.

Eid: invista em títulos que protejam contra a inflação. Evite títulos prefixados, pois o governo terá de fazer ajustes no preço da gasolina e eletricidade, que poderão pressionar a inflação e derrubar a rentabilidade do título.

Fonte:UOL economia.
Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen – Criador do portal www.mayel.com.br

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