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NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 31º

Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 16/06/2012 08:21

DAGOBERTO O pleito da capital está amarrado a sucessão estadual, com o PDT apoiando Nelsinho e André em 2014. Pelas pesquisas qualitativas, a candidatura de Giroto ganharia muito com a companhia do ex-deputado.

INTENÇÕES Para os observadores, Azambuja teria razoável espaço para crescer. Vai depender de alguns fatores ao longo da campanha. Ele quer se fortalecer na capital visando suas futuras disputas. Ele se espelha em André.

VANDER O que fazer para vencer essa terrível barreira da rejeição? Deixou de ser militante para virar cardeal que busca ‘emendas parlamentares’. Virou candidato de esquemas municipais. Falta-lhe popularidade e carisma.

BERNAL Como antes: só. Líder dele próprio. Não se reciclou; não se desarmou politicamente. Traz o espírito da vereança, onde não agregou companheirismo no PP. Supera o Antonio Cruz no individualismo partidário.

ELEIÇÕES Não há vacina e nem tratamento preventivo contra os efeitos da ‘mosca azul’, atraída principalmente pela vaidade e ambição de poder. O imaginário universo político seduz, dando asas a projetos utópicos inclusive.

MEMÓRIA Só Christopher Reeve, no papel do repórter Clark Kent tinha poderes para trocar em ‘segundos’ de personagem/roupas na cabine telefônica, transformando-se no Superman, capaz de resolver todos os problemas da cidade.

A POLÍTICA exige algo mais que apenas essa vontade de servir ( ou de se servir) através do poder. O sucesso na iniciativa privada, por exemplo, é referência, mas não é passaporte carimbado para a vida pública.

O ELEITOR separa as situações. Em casa cidade afloram os exemplos envolvendo profissionais liberais, empresários e ‘gente do ramo’. Cada candidato com sua história e projeto inseridos no contexto sócio econômico da comunidade.

O DESAFIO de cada um deles é se encaixar no leque de aspirações do eleitor, esse personagem às vezes individualista, passional e frio-calculista. A cada eleição chega-se a conclusão de que ainda conhecemos pouco do eleitor. Não é?

OS CIENTISTAS políticos tem suas teorias e deduções, mas não são pragmáticos nas exposições. Prefiro a análise mais objetiva das pesquisas, das urnas e do que se consegue extrair da livre manifestação do dia a dia.

CENÁRIO Para os políticos interioranos acabou a velha fidelidade das famílias. O voto ficou individual; cada qual com sua visão/interesse. O poder patriarcal não interfere mais na opção política da mulher e dos próprios filhos.

MUDANÇAS As grandes famílias enfraqueceram pela perda patrimonial e divisões naturais pelo aculturamento da nova geração. Impossível a união de todos os membros para transformá-la na força decisiva como antigamente.

E MAIS... A dependência econômica pela relação empregatícia não vincula mais o voto do empregado à preferência patronal. Às vezes essa divergência sinaliza mais um gesto de libertação política do que conscientização do empregado.

E AGORA? Bastariam candidatos idôneos, discursos moralistas/ propostas geniais? Se estivéssemos na Suécia e Dinamarca talvez! É igual no casamento: se exige namoro, noivado, festa, bolo e lembrancinhas para dar o clima do evento.

MARKETING Antigamente bastava uma corneta de som no caminhão e cartazes de gráficas amadoras. Agora a imagem do candidato vale igual ao seu discurso. Há todo um aparato sofisticado que custa muito caro. E como custa.

‘ASTRO’ O eleitor foi contaminado pelo padrão de estética da TV. Seu senso

crítico passa pela imagem, expressão facial, roupas, cor da gravata e cabelos do candidato. Confunde ou compara inconscientemente o candidato com o ídolo.

LENDA “Quem gosta de pobreza é intelectual”. O eleitor precisa ter orgulho do seu candidato. E aí recorrem à tecnologia fotográfica para corrigir imperfeições e melhorar o visual nos cartazes e santinhos em papel colorido/brilhante.

ARMAS A internet acabará influenciando na campanha de acordo com o nível do eleitorado. O mesmo se pode dizer das emissoras comunitárias de rádio das cidades menores. Quem souber usar bem, levará algum tipo de vantagem.

COMÍCIOS Ficaram engessados pela lei, mas no interior ainda mantém o charme e a influência sobre parte dos eleitores indecisos. O problema é equacionar o tempo para o discurso de todos os candidatos à vereança. ‘Operação de guerra.’

CANDIDATO a vereador não admite ficar sem falar. É questão de honra! Em muitos casos o silêncio seria mais vantajoso. O discurso representa uma sabatina, espécie de provação para ‘a vida pública’. É assim pelo Brasil afora.

CHANCES Pelas pesquisas poucos eleitores já escolheram seu candidato à vereador. Quanto menor o colégio eleitoral, maiores as chances dos postulantes. Em algumas cidades do MS será possível se eleger com menos de 200 votos.

INTERIOR Candidato à vereança não pode exigir ‘atenção especial’ do candidato a prefeito. Criaria ciúmes/problemas na campanha. Cada qual deve imprimir seu estilo, segundo suas condições e relações pessoais na comunidade.

“A defesa é tão importante quanto a acusação”. (Márcio T. Bastos)

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