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Manoel Afonso

Candidatos - eles sabem o que os esperam?

Manoel Afonso | 09/09/2016 10:40

PROJETOS Hoje são bolados por marqueteiros, em vez de técnicos especialistas em gestão pública municipal. As áreas da educação e saúde, por exemplo, sobrecarregadas e dependentes de repasses de outros níveis de governo, que também vivem no aperto.

DINHEIRO não cai do céu também na gestão pública. Mas nos programas eleitorais candidatos bradam a ‘varinha mágica’ com frases sedutoras. Mas sem economia com a maquina administrativa, não sobrará dinheiro para ser investido em obras. Certo?

CANDIDATOS Sabem os custos das prioridades? Organizar as contas será o maior desafio dos futuros prefeitos. A municipalização de alguns serviços após a Constituição de 1988 inchou a ‘folha’ . Desde 2000, os gastos anuais per capital no país com os servidores municipais subiram de R$ 216,00 para R$ 671,00.

QUEBRADAS Assim está a maioria das cidades. Os candidatos têm a radiografia das finanças delas? Qual a arrecadação; o percentual comprometido com dívidas, convênios e repasses? Qual é a folha de pagamento? O eleitor precisa saber disso. Mas não sabe! Que tal fazer uma exposição didática disso no horário eleitoral? É a sugestão.

ENFIM... O que falta aos candidatos até aqui é a demonstração de efetiva intimidade com os números da cidade que pretendem administrar. Isso vale não só para a capital do Estado como para as cidades do interior. Há muita falácia com soluções genéricas.

O PREFEITO Alcides Bernal (PP) representa o ‘supra sumo’ dessa proposta enganosa de governo. Primeiro não conhecia nada de administração pública; segundo - não tinha projeto para Campo Grande; terceiro - não tinha (e não tem) equipe administrativa.

A PROPÓSITO Dentre todas as capitais do país, Campo Grande foi a pior no ranking do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação) no quesito matemática. Conseguiu ficar atrás de São Luis, Macapá e Maceió por exemplo. Reflexo da administração ruim.

OS NÚMEROS de recente pesquisa do Ibope mostram. Bernal ocupa o 7º lugar dos prefeitos mal avaliados do Brasil, com 44% de rejeição e só 19% de aprovação, com poucas chances de chegar ao 2º turno. E aí, em quem seus eleitores votariam?

A INFLUÊNCIA do candidato perdedor alijado do 2º turno é relativa. A tendência natural é que haja uma dispersão destes eleitores para opções diferentes. Normalmente perde-se o comando e o eleitor tem uma nova visão do novo quadro que se apresenta.

A DIFERENÇA Enquanto isso, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) é o 2º mais bem avaliado do país com 50% de bom e ótimo, tendo apenas rejeição de 10%. Por analogia, isso explica seu poder de influência na sucessão da nossa capital principalmente.

CAMPANHAS A partir desta segunda quinzena é que teremos uma melhor visão do quadro sucessório. Os candidatos à prefeito já terão percorrido grande parte das suas respectivas cidades e o eleitor terá maiores referências para se definir eleitoralmente.

MANOBRA A situação vexatória da prisão do ex-prefeito Gilmar Olarte (Pros), de Campo Grande, reflete em parte a escolha infeliz do eleitorado nas últimas eleições. Evidente; o fato não pesará neste pleito, mas serve de alerta para não se repetir aquela bobagem.

MESMICE Dos diálogos com alguns candidatos estreantes à Câmara Municipal da capital percebo que não haverá mudanças significativas. A visão deles é basicamente a mesma da opinião pública. Melhor assim do que propostas estapafúrdias, ridículas.

‘UBER x TÁXI’ Quem são os donos da maioria dos táxis de Campo Grande? Eles exploram motoristas com diárias caras. Mas, a Assembleia Legislativa proibiu a entrada do Uber ano passado, aprovando projeto inconstitucional do deputado João Grandão (PT), vetado pelo Governo Estadual. Ora! A lei que dispõe sobre a matéria é federal e a regulamentação é municipal.

PERGUNTO: A máfia do táxi patrocinará manifestação contra quem trabalhar com o Uber? A situação vexatória em nosso aeroporto - com demora e tarifa cara continuará? O projeto petista vetado pelo governo, no fundo, beneficiaria os ‘barões dos táxis’. Por acaso os motoristas que se filiarem ao Uber não seriam também trabalhadores?

TEORIA do filósofo comunista italiano Antonio Gramsci, (seguida pelo PT), para tomada do poder: “ Primeiro, você destrói a economia, depois destrói o Estado e em seguida acaba com a oposição. Aí, toma conta da sociedade. E a melhor maneira de destruir a sociedade capitalista é depravar sua economia”.

DOURADOS Será que o o ex-prefeito Ari Artuzzi deixou legado tão significativo que influencie nestas eleições? É a pergunta que me veio a cabeça após assistir ao vídeo onde o candidato a prefeito Geraldo Resende (PSDB) conversa com uma filha do ex-prefeito.

CRIATIVIDADE É o que não tem faltado nestas campanhas eleitorais através do uso do WhatsApp. Falsas declarações com timbre de voz igual a de candidatos provocam dúvidas, indignação e até risos dos usuários de celular. Uma nova arma na campanha.

INFLACIONADO Eu bem que desconfiava que o mercado de votos estaria sujeito ao nível de desinteresse ou indignação de certos eleitores. Aqui na capital rola a proposta: R$ 100,00 de entrada e mais R$ 100,00 após as eleições. É o que há.

PESQUISAS Como mede-se o percentual de eleitores indecisos nestas eleições? Os institutos de pesquisas deixam dúvidas no confronto do item dos ‘indecisos’ com os itens que medem os eleitores ‘nada interessados’ e ‘poucos interessados’. Tem furo aí.

RUY CASTRO: “O fato é que, agora, com agenda livre e todas as opções, Dilma deveria aproveitar para algo que nunca tempo de fazer: estudar... Se quiser tirar férias da política, Dilma poderá aceitar convites para se tornar professora das universidades da Bolívia, Equador e Venezuela – espera-se que não de administração.”

"Companheiro. Não trabalhe para golpista! Devolva seu cargo comissionado". (na internet)

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