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Manoel Afonso

‘Debandada geral após as eleições’

Manoel Afonso | 19/09/2014 14:28

A POSTURA de Aécio candidato lembra o lº ministro inglês Chamberlain que firmou o pacto com Hitler temendo a guerra com a Alemanha. Voz solitária, Churchil vaticinou: “entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra – e terão a guerra”.

EMBLEMÁTICA A derrota de Aécio em MG é explicável. Em 2008 Aécio apoiou Fernando Pimentel para prefeito de Belo Horizonte. Apesar de ter deixado o governo em 2010 com 92% de aprovação, Aécio não tem hoje como se confrontar com o ex-aliado.

A LIÇÃO Não adiantam estradas, indústrias e escolas se os Estados não competirem com o Palácio do Planalto em matéria de ‘bolsas paternalistas’. Infelizmente é isso. Há uma camada razoável da população que não abre mão dessa ajuda mensal.

FADIGA? Esse fenômeno é visível nestas eleições. Vejam o exemplo de André no MS. Apesar de ser hoje o governador melhor avaliado do país, seu percentual de aprovação é abaixo da classificação de 2010 quando ocupava o 5º posto entre os melhores.

‘OS IGUAIS’ Os falsos paladinos da moralidade precisam guardar suas espadas após a divulgação dos nomes de políticos beneficiados naquela extensa lista do Paulo Roberto Costa (Petrobras). Cada qual com seus argumentos, que a gente ensaca e guarda.

O QUADRO Aqui não aconteceram mudanças substanciais na corrida ao governo e Delcídio ainda tem chances de faturar no 1º turno. Metade pelos seus méritos pessoais e outra metade pelos equívocos estratégicos e incapacidade de Azambuja e Nelsinho.

DELCÍDIO Quem esperava que ele fosse ficar acuado neste episódio da Petrobras errou, ou melhor, se deu mal. Respondeu incontinenti com indignação à campanha dos tucanos e cia sob a inspiração prevista de Antonio João em seu jornal inclusive.

‘INTERESSANTE’ Lá atrás alertamos para os riscos quando Azambuja estendia tapete para receber Delcídio nos encontros ‘Pensando MS’. De olho no Senado (via coligação branca), o tucano foi o fiador moral de Delcídio, separando-o do resto do PT.

‘MUDANÇA’ Azambuja não tem conseguido convencer a opinião pública de que reúne todos os predicados do seu bordão de campanha. Ao trocar a candidatura ao Senado pelo Governo estava sim priorizando muito mais os desejos e interesses pessoais.

SINAIS A notícia de que os tucanos devem poupar Nelsinho em suas críticas para tê-los como aliados num eventual 2º turno soa mal. É um tiro no pé nas pregações de quem hoje pede renovação e que criticava a administração peemedebista na capital.

NELSINHO Seu desempenho deve ser atribuído também a ‘natureza estranha’ de seu partido (PMDB), que em Brasília lembra aquele casal que dorme em camas separadas, adiando o divórcio devido a partilha de bens e por conveniências ocasionais.

PROJETOS Não é segredo que o projeto de André não está atrelado ao sucesso de Nelsinho e da família Trad. Embora no PMDB, eles têm origens e projetos diferentes. Há muito mais hipocrisia do que sinceridade nestas relações partidárias.

DESENCONTROS Visíveis desde a campanha de Giroto para a prefeitura da capital. O PMDB chegou rachado; cada grupo cuidando apenas de seus candidatos à vereança e até incentivando os adversários. Até hoje André não engoliu esse episódio.

REFLEXOS São visíveis na postura dos deputados candidatos que deveriam fazer a defesa partidária de Nelsinho. Suas declarações são pálidas, formais, estranhas mesmo, não passando aquela necessária e natural sensação de comprometimento.

ESPERANÇA Reside hoje na iniciativa do senador Moka em reascender a chama do PMDB presente em todos os municípios. Filiado desde 1978, é braço forte com notável influência nas lideranças municipais, até então adormecidas nesta campanha.

PREVISÕES Havendo ou não a reforma partidária teremos um realinhamento de forças no Estado. E tem muita gente de olho na prefeitura da capital. Marcos Trad, por exemplo, tem projeto pronto para sair do PMDB e tentar suceder Olarte.

PLACAR As pesquisas apontam para uma mistura de conservadorismo e anseio de mudanças. O PT deve ganhar em apenas 5 Estados, a oposição em 18 e por enquanto há empate técnico em 4 Estados. Em cada caso uma explicação para o placar.

ENIGMA Embora sua administração seja aprovada pela maioria, Dilma tem contra si seu estilo pessoal que exala a arrogância. Está em desvantagem nas comparações com Marina Silva, a ex-radical que agora passa uma imagem de humildade.

DECEPÇÕES? Grande aposta pessoal de Lula, Gleisi Hoffmann amarga hoje o 3º lugar nas pesquisas do Paraná com 14%. É o mesmo caso de Alexandre Padilha em São Paulo. O poder de transferir prestígio ‘ é relativo’, como diria Justo Veríssimo.

PICARELLI Na luta para conquistar o 8º mandato na AL. Na última conversa com o deputado deu para sentir o volume de suas ações e até onde elas chegam. Ele não se limita apenas as aparições no radio e TV. Não chegou onde está por mero acaso.

‘MENOS PLEASE’ Cada coisa no seu tempo e quadrado. O prefeito Olarte precisa repensar suas atribuições constitucionais como prefeito e separá-las da religião sob pena de cair no ridículo junto a opinião pública. Algum assessor precisa alertá-lo.

“Duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos”. ( Millor Fernandes)

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