Deputado estadual defende a união MDB-PSDB
CAFÉ AMIGO com o deputado Beto Pereira. Seguro nas ponderações sobre seu projeto de disputar a prefeitura da nossa capital. Falou de seu currículo, do apoio do PSDB, da boa relação com Riedel e da facilidade em entender as aspirações da população. Insistiu: sua recusa a uma secretaria estadual se deve a pretensão de ter maior disponibilidade em atender as demandas de pré-candidato.
RECONCILIAÇÃO: O MDB só perdeu após o ‘divórcio’ com o PSDB – velho parceiro. Foi assim nas eleições municipais (com destaque para a capital), Assembleia, Governo, Câmara e Senado. A que ponto ( leia-se fundo do poço) a sigla chegou com os equívocos do coronelismo: em 2023 não terá um só representante em Brasília. Hora de enfrentar o divã e refletir.
MUDANÇAS: O deputado Marcio Fernandes faz análise da sigla nas últimas eleições, em todos os níveis, e aponta saídas para recuperação do espaço. Em janeiro o MDB elegerá nova diretoria e Marcio se coloca à disposição para presidi-la. Cita a tendência da federalização MDB-PSDB, prega a oxigenação do partido, a volta de Simone Tebet e do marido Eduardo Rocha.
INDICATIVOS: Senti nas entrelinhas da fala de Marcio uma tendência e vontade de assumir uma parceria mais ativa junto ao Governo de Eduardo Riedel. Em determinado momento o deputado admitiu: “Em relação ao PSDB do Reinaldo Azambuja o MDB tem muito mais identificação do que diferenças. ” Uma frase que resume bem o seu projeto.
NO GRID: Pensando em termos de capital, inegável que o PSDB em comparação com outras siglas, está em situação vantajosa. Especificamente em relação ao MDB a diferença é gritante. Como na Formula 1 – às vezes o piloto consegue compensar as deficiências da ‘máquina’. Mas pilotos qualificados são raros na política. Ex-campeões perdem o prazo de validade.
CONCLUSÃO: Marcio Fernandes age racionalmente, despido de ranço ou sentimento que possa impedir o encaminhamento da união das duas siglas. Pelo retrovisor, em várias eleições esses partidos conquistaram a supremacia nas urnas. Não por acaso a federalização das duas agremiações caminha para a concretização, facilitando o processo aqui no MS.
POLÍTICA: Foi o papo entre o deputado Felipe Orro e o ex-deputado Gandi Jamil que testemunhei na Alems. Falaram de episódios, eleições e personagens que marcaram na Casa. Gandi se emocionou ao falar da experiência de 120 dias na UTI hospitalar por conta da Covid 19. Não faltaram elogios de Gandi a postura do saudoso ex-deputado Roberto Orro. Palavras que sensibilizaram Felipe.
ESBÓRNIA: Para o ministro Gilmar Mendes (STF) nenhum de nós, apesar das acusações graves, permaneceria preso por muito tempo. E como ficam as 700 mil pessoas detidas; sendo 210 mil (30%), presas provisoriamente como o ex-governador Sergio Cabral (condenado a 420 anos) solto com direito ao peru e champanhe francês no Leblon. Para os ricos o crime compensa!
A PROPÓSITO: O Poder Judiciário insensível: ‘de barriga cheia e de olhos com fome’ (ditado árabe). Agora no apagar das luzes do Ano Legislativo, enviou projeto aumentando taxas e custas. Graças a atenção dos deputados e da vigilância da OAB e FIEMS esse ‘presente grego’ de Natal ficará para ser apreciado em 2023. Aleluia!
GASTANÇA: O pessoal do futuro governo só discute como gastar mais ‘em nome dos pobres’. É a operação fura teto. Governistas e oposição juntos no aumento do salário dos parlamentares e executivos. Nem uma palavra sobre o corte de gastos. Quanto a revisão da tabela do recolhimento do Imposto de Renda nem uma palavra. Tudo como antes.
O CARA! Roberto Hashioka: eleito deputado estadual, prefeito de Nova Andradina 3 vezes; perdeu a eleição em 2016 por 27 votos. Bem votado para deputado federal perdeu devido a legenda partidária. Hoje está no União Brasil e sua mulher Dione, ex- deputada estadual é a 1ª. suplente no Legislativo Estadual pelo Podemos. Roberto assume com vasta experiência na vida pública. Fará bem à Casa Legislativa.
MINISTÉRIOS: Os nomes indicados passam a ideia que Lula teria vencido sem apoio da centro-direita e mandará como se outra parte não existisse. Daí estão revertendo aquela máxima que compara a tomada do poder a tocar violino, ou seja, toma-se com a esquerda e toca com a direita. No presente caso tomaram com a direita e pretendem tocar com a esquerda.
CRITÉRIOS: Analisando os nomes anunciados até agora na composição do futuro ministério conclui-se que o principal parâmetro adotado foi a identificação partidária, mais o currículo. Há críticas também na volta da participação de políticos no comando de estatais, onde no Governo Dilma aconteceram escândalos e denúncias de corrupção.
DUAS MULHERES: Nome tradicional do PT ‘guaicuru’ Aparecida Gonçalves acabou indo para o Ministério das Mulheres. Dela só ouço elogios pela defesa das mulheres. Outro nome, Simone Tebet ainda na expectativa da nomeação para um ministério. Aliás, sua indicação mudaria o caráter do governo para coalização democrática de centro esquerda.
A PROPÓSITO: Difícil agradar gregos e troianos. Eduardo Riedel que o diga! As decepções são proporcionais as expectativas de lideranças e partidos apoiadores (inclusive o PT). Ouvi reclamações no saguão da Assembleia Legislativa, mas no caso, há de se comparar com a carga de melancias que ao longo do percurso se acomodam na carroceria.
DESTAQUE: É certo que os nomes escolhidos até aqui por Riedel são merecedores. Mas ouso abrir parênteses para destacar a permanência do Jaime Verruck nesta equipe de Governo. Ele ganhou 10 com louvor no Governo de Reinaldo comandando uma área de vital importância do ponto de vista sócio e econômico. A torcida por ele foi enorme.
PÉROLAS: Soltar o Sergio Cabral seria uma espécie de homenagem do STF ao governo que assume em 1 de janeiro? Você já notou quantas pessoas conhecidas morreram neste ano? Do ministro Tófoli ao Lula: “ O senhor tinha o direito de ir ao velório. Me sinto mal com aquela decisão e queria dormir nesta noite com o seu perdão. ”
CARLOS CASTELO: “O grande perdedor desta Copa foi o salto alto. Son, da Coreia do Sul, e Neymar tem uma semelhança: ambos são mascarados. A era Tite já era. Pelo menos não passamos o vexame de perdermos para a Argentina. Primeiro acabaram com a F-1. Depois o tênis, o vôlei, o futebol. Agora só falta acabar com o jogo do bicho. ”
MARCO TRAD: No saguão da Assembleia Legislativa alguém estranhou essa clausura do ex-prefeito da capital, especialmente devido ao noticiário questionando alguns aspectos e fatos da sua administração. Observadores de plantão apostam numa futura manifestação sua somente após a posse do novo governador. Vale a pena esperar.
ANIMADO: Papo agradável com João Cesar Matogrosso no saguão da Assembleia Legislativo. Tranquilo nas manifestações sobre diversos aspectos da vida pública, ele se diz preparado para exercer o mandato de deputado estadual. Reconhece a necessidade de ampliar sua base eleitoral – hoje praticamente restrita a Campo Grande. Ele obteve 11.650 votos.
AOS LEITORES VOTOS DE FELIZ NATAL E PRÓSPERO 2023