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Manoel Afonso

Desafios de Reinaldo: André & relógio

Manoel Afonso | 17/04/2015 11:02

O TEMPO O desafio contra o relógio é um pesadelo para os políticos. Quem está no poder – por exemplo - corre contra o fator tempo, como aquele time de futebol que quer e precisa verdadeiramente ficar em vantagem no placar ao final do jogo.

REINALDO tem manifestado reiteradamente a preocupação em vencer os desafios da saúde e segurança pública. Essa insistência beira a obsessão, injustificável pelo pouco tempo que comanda o Governo. Em tese, teria muito tempo pela frente.

NA POLÍTICA a cobrança é proporcional as promessas porque geram expectativas. Tendo vencido as eleições com seu plano de metas, Reinaldo precisa agora adequar o seu programa de governo à realidade sócio econômica do Estado. Só isso.

EQUÍVOCO A propaganda do Governo insiste naquelas duas vertentes de campanha. Corre assim o risco de minimizar os outros problemas. Lembrando: o candidato, André pulverizou seu programa em 15 pontos, ganhando mais mobilidade.

LEMBRO: A situação do país mudou após as eleições. É unanimidade nacional de que o Governo praticou o estelionato eleitoral e que a realidade econômica é outra. Por consequência Reinaldo tem argumentos de sobra para se adequar ao quadro.

VEJA BEM! Se a atividade econômica diminuiu, o Estado arrecada menos e ainda será prejudicado com os cortes do orçamento da União. É dentro desse contexto que a nova administração deve se inserir. Não tem a varinha mágica da ‘fada’.

MUDANÇA? Reinaldo anunciou agora sua disposição de se fixar apenas no horizonte, ignorando o retrovisor. Precisa também, se habituar ao onipresente fantasma de André, incrivelmente motivado ao debate que lhe tem sido oferecido de bandeja.

CRISTAIS Embora o deputado Jr. Mochi tenha demonstrado equilíbrio na sua fala crítica sobre a versão do Governo das contas finais, ficou claro a posição da bancada pró André. Reinaldo já percebeu: as relações com o legislativo são delicadas.

IMPRESCINDÍVEL em certas situações que a interlocução entre o Governo e o Legislativo seja eficiente e rápida. Exige-se habilidade e estatura política. Sergio de Paula – chefe da Casa Civil – parece-nos o mais indicado para essa missão.

O FUTURO A exemplo do que faz no Planalto em relação do PT, até quando o PMDB local praticará a contradição política de se apresentar como força auxiliar do PSDB? É que as eleições vem chegando e as cobranças nas bases eleitorais inevitáveis.

O RELÓGIO Essa maldita invenção que aprisionou o homem, corre contra Reinaldo. Em tese, ele precisa fazer já, pensando em 2016. Há questões e interesses convergentes dentro do próprio Governo, partido e dos aliados que não podem ser esquecidos.

BOA IMPRESSÃO Feliz com seu pedido atendido para a recuperação imediata da BR 060, o deputado Marcio Fernandez saiu do DNIT convicto: Giroto é o diretor executivo no órgão, decidindo com maestria e eficiência que cada caso requer.

LEMBRA o ex-deputado Valter Carneiro: Em 1970 um dos argumentos levados ao governador Fragelli para beneficiar Dourados com a unidade da Casemat, foi o ‘notável crescimento da lavoura na região que já se utilizava de 3 colheitadeiras’.

GEISEL é pouco lembrado diante da figura emblemática de Getúlio, mas para a região de Dourados ele foi importante. Valter lembra: as ações do Prodegran lançado pelo presidente na sua visita em 1976 mudaram os rumos da Grande Dourados.

HISTÓRIA: Getúlio Vargas só sobrevoou a região de Dourados em 1941; em 1957 JK veio e inaugurou a BR-163; em 1963 J. Goulart entregou os títulos da colônia; em 1980 foi a vez de Figueiredo; em 2010 Lula ( em campanha) visitou obras federais.

A PERDA Para o jornalista Guilherme Filho, a não concretização da ferrovia ligando Dourados ao Paraná ( abortada por Sarney em favor da Norte Sul) prejudicou a região, sem representação política forte que lhe desse uma sustentação à altura.

COMPARANDO No que diz respeito a ética (leia-se honestidade) dos governos militares no trato do dinheiro público, a administração petista perde feio. Já pensou esse pessoal do Zé Dirceu no comando das obras daquela época! Festa geral!

HOJE qualquer obra ou investimento do Planalto gera desconfiança sobre o custo real e a cobrança de pedágio pelos políticos e partidos. Não é exagero! Os depoimentos dos empresários na Lava Jato provam: para tocar obra eles pagavam propina.

MEMÓRIA Se o hoje líder partidário na Assembleia Legislativa não tem peso nas tratativas com o Governo, com Harry Amorim era diferente. Para ser atendido pelo governador, o deputado ia à audiência junto com o líder de seu partido.

A PROPÓSITO O legislativo estadual de hoje não tem a estofo das legislaturas passadas. Os interesses pessoais se sobrepõem claramente a questão partidária – num cenário varejista que não empolga, gerando um clima de preocupação.

SIMONE Após a senadora opinar no projeto instituindo o voto distrital na eleição de vereadores nas cidades com mais de 200 mil eleitores, o senador José Serra confessou de forma admirável: “ganhei o dia hoje com a intervenção da senadora Simone”.

PAULO CORRÊA Entregou-me cópia do inquérito administrativo promovido pela Comissão de Valores Mobiliários para apurar denúncias contra a Rede de Energia S.A. E mais: o deputado está consciente da cobrança de resultados desta CPI.

“Você tem o relógio. Eu tenho todo o tempo.” (do beduíno ao europeu apressado)

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