O caminho dos resíduos: da nossa casa até a destinação final adequada
Você sabe qual o caminho que o resíduo que você gera percorre assim que ele sai da sua casa? Quando a gente conhece o processo, fica mais fácil aderir às ações. Então o post de hoje é justamente para explicar o que acontece com nossos resíduos depois que os separamos e descartamos corretamente!
Em primeiro lugar, nunca é demais lembrar que a separação adequada é simples, prática e não demanda muito tempo. Basta providenciar dois coletores: um para recicláveis e outro para não recicláveis. Ah, não podemos esquecer da compostagem: matérias orgânicas como cascas de frutas e legumes podem ser separadas e transformadas em húmus. Porém, quem ainda não tem um sistema desse em casa, deve descartar esses resíduos no coletor de não recicláveis.
Agora vamos entender todo o percurso desses materiais. Os itens que não têm potencial para reciclagem serão coletados e encaminhados para a destinação final. Hoje o Brasil vem trabalhando para que os lixões a céu aberto sejam extintos por serem locais prejudiciais ao meio ambiente. O aterro sanitário é um espaço preparado, nivelado e impermeabilizado para que nenhuma substância possa contaminar o solo, o lençol freático e os rios.
Já os resíduos recicláveis percorrem um caminho muito mais extenso assim que são entregues à coleta seletiva. Seja por meio do caminhão da prefeitura que passa retirando os recicláveis no sistema porta a porta, seja pela ação proativa dos cidadãos que levam seus resíduos separados para pontos de entrega voluntária (PEVs), todos esses itens são manuseados pelas cooperativas de reciclagem.
Os trabalhadores dessas cooperativas são os grandes responsáveis por fazer a triagem de tudo o que descartamos. Eles separam os materiais, analisam o que de fato poderá ser reaproveitado, e fazem o intermédio com o comércio atacadista, composto por aparistas, sucateiros e depósitos legalizados que revendem os materiais para a indústria recicladora. E, por fim, é a indústria que utiliza toda essa matéria-prima para fabricar outros produtos que voltarão para as nossas casas.
Além de perceber que há um longo caminho a ser percorrido pelos recicláveis, você consegue notar quantos empregos são gerados nessa complexa cadeia? Esse é mais um ponto positivo da economia circular: a geração de emprego e renda. Então, quando a gente separa e descarta corretamente nossos resíduos, também estamos contribuindo com a economia e com muitas famílias que atuam nesse setor.
Depois de aprender tudo isso, não há mais motivos ou justificativas para não separarmos e descartarmos adequadamente os resíduos, não é mesmo?
*Este é um conteúdo produzido pelo “Projeto Resíduos Sólidos – Disposição Legal” realizado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (CAOMA/Núcleo Ambiental), Tribunal de Contas Estadual, SEMAGRO do Governo do Estado e UEMS. Este Projeto visa buscar alternativas para extinção dos lixões e implementação da Lei de Resíduos Sólidos no Estado, em especial desenvolvendo soluções consorciadas benéficas para toda a sociedade estadual.
