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Direto das Ruas

Após denunciar vizinho, casal se diz perseguido por guardas municipais

Caso começou em 2021 e família já recorreu ao Ministério Público e à corregedoria da Guarda

Por Jéssica Fernandes | 14/04/2025 17:35
Após denunciar vizinho, casal se diz perseguido por guardas municipais
Agentes da CGM (Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande. (Foto: Campo Grande News)

O que começou com um desentendimento entre vizinhos no Bairro Danúbio Azul ganhou outra proporção na vida de uma família que afirma ser perseguida por dois guardas civis metropolitanos (GCMs). O caso se arrasta desde 2021 para o casal, que já procurou a delegacia, o Ministério Público e também a corregedoria da Guarda. A sugestão foi enviada à reportagem através do canal Direto das Ruas. 

RESUMO

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Um desentendimento entre vizinhos no Bairro Danúbio Azul, em Campo Grande, evoluiu para uma situação de perseguição envolvendo dois guardas civis metropolitanos (GCMs) e uma família local. O conflito começou em 2021, quando Eduardo, incomodado com festas barulhentas do vizinho, acionou a polícia. Desde então, ele e sua esposa relatam intimidações constantes dos GCMs, que incluem passagens frequentes em viaturas oficiais e provocações. A família já registrou boletins de ocorrência e procurou a corregedoria da Guarda e o Ministério Público, que instaurou um inquérito policial. Apesar das queixas, as intimidações continuam, afetando a vida da família e seus filhos.

A história teve início durante a pandemia, quando Eduardo* acionou a polícia por conta das festas com música alta realizadas pelo vizinho. “Na pandemia começaram a fazer festa três vezes por semana, ia até de madrugada e as crianças não dormiam. Fui falar com ele e piorou as coisas. Chamei a polícia, entrei com ação”, recorda.

Foi a partir desse momento que os dois guardas teriam passado a intimidar o músico e a esposa. À reportagem, a mulher de Eduardo relatou como os dois servidores públicos do município agiam. “Começaram a provocar e tentar intimidar meu esposo e a mim. Era presença constante, fardados, em viatura oficial. Passavam em frente à nossa casa e acionavam sirene, várias intimidações”, pontua.

Desde 2021, a família registrou pelo menos três boletins de ocorrência por conta das intimidações dos guardas. A reportagem teve acesso a um deles, em que Eduardo relata estar formalizando a queixa por medo de sofrer algum tipo de emboscada.

Já em 2022, conforme Eduardo, esses mesmos GCMs teriam jogado pedaços de concreto no telhado da residência. Ele conta que procurou a corregedoria depois disso, mas que nada foi feito. “Só na corregedoria fomos três vezes e não adiantou nada”, completa.

Além da corregedoria, a família também recorreu ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). O procedimento instaurado em 2024 trata-se de um inquérito policial para apurar a ocorrência de dano, perseguição e violência doméstica. O MP considerou que o caso exigia continuidade das investigações, como a identificação dos guardas da unidade Segredo para localização dos dois envolvidos.

Em 2025, a intimidação continua por parte de um dos guardas, que segue aparecendo em frente à casa da família. “Um deles nunca parou de aparecer aqui, sempre em tom de provocação e ameaça. [...] Foi uma perseguição que mexeu muito com minha família, inclusive com meus filhos menores, que na época tinham entre 5 e 10 anos”, diz a esposa de Eduardo.

Por conta das sucessivas intimidações, Eduardo relata que as crianças sentem medo de sair de casa.

A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande sobre o caso, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

*Eduardo é um nome fictício para preservar a fonte e terceiros 

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