Com derrame pleural, Júlia está no corredor de hospital e preocupa família
Criança está internada no corredor do Hospital Regional e aguarda procedimento desde sexta-feira
Digital influencer de Três Lagoas, cidade a 327 quilômetros de Campo Grande, divulgou pedido de ajuda neste domingo (12) para conseguir atendimento médico para a enteada, Júlia Sanches, de 10 anos. A menina deu entrada há 12 dias no Hospital Auxiliadora daquela cidade. Na sexta-feira (10), foi transferida para a Capital para passar por cirurgia, o que não aconteceu até agora.
“Ela foi internada no dia 30 de maio com quadro de pneumonia. A situação piorou e ela teve derrame pleural. Por 12 dias, ela ficou sendo tratada com medicamentos e até chegaram a colocar um dreno nela, mas que não resolveu a situação”, conta a madrasta da menina, Gabriela Oliveira.
Júlia está internada no corredor do Hospital Regional da Capital acompanhada pela mãe dela, Micaella Fernanda da Silva Gonçalves, 28 anos.
Micaella conversou com a reportagem e hoje, a informação é que o resultado do exame de ultrassom realizado ontem indicou 80 ml de líquido no pulmão direito e que, segundo médicos residentes, não há necessidade de cirurgia.
Segundo Micaella, disseram que vão manter a menina em observação no hospital, caso ela tenha piora. "Mas o equipamento para esse procedimento que é feito por vídeo não tem nesse hospital, então, não entendo o porquê ela foi transferida, já que não tem o recurso", criticou.
Transferência - A família acionou a Justiça para conseguir o atendimento. No dia 3 de junho, laudo emitido pelo Hospital Auxiliadora afirmou: “paciente mantendo gravidade, necessita urgentemente de transferência para centro de cirurgia pediátrica, serviço não disponível neste município”.
Gabriela também questionou a transferência: “Se ela foi para Campo Grande e não precisava ter sido transferida, bastava ficar em Três Lagoas sendo medicada no hospital onde ela estava em um quarto confortável, sozinha, numa ala boa".
Risco - Ainda segundo a influencer, por aguardar no corredor junto de outros pacientes em busca de atendimento médico, Júlia corre risco de contrair infecções, inclusive, covid, o que poderia agravar o quadro dela.
“O risco é tanto que eles ficam todo o tempo fazendo teste de covid nela, porque ela está exposta. Só ontem, foram feitos 2 testes rápidos nela”, relata a madrasta.
A menina chegou a ser alocada em uma sala, separada dos demais pacientes, mas foi retirada do local e alojada no corredor, porque o local onde ela estava vai abrigar pacientes com coronavírus.
O Campo Grande News entrou em contato com o Hospital Regional para saber qual o posicionamento da unidade de saúde sobre o caso. No entanto, até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno.