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Direto das Ruas

Com dores, idosa enfrenta fila de espera para consulta pré-cirúgica no SUS

Desde julho de 2021, a paciente tem enfrentado uma jornada árdua para realizar cirurgia de artroplastia total

Mylena Fraiha | 30/07/2023 13:23
Em sua residência, Edi utiliza muletas para se locomover (Foto: Direto das Ruas)
Em sua residência, Edi utiliza muletas para se locomover (Foto: Direto das Ruas)

Há cerca de quatro anos, a aposentada Edi Pereira da Silva, de 69 anos, começou a sentir fortes dores no quadril. Preocupada com a situação, ela foi aos médicos e descobriu um quadro de osteonecrose, que necessita de um procedimento cirúrgico muito caro.

A partir de então, desde julho de 2021, a paciente tem enfrentado uma jornada em busca de tratamento, por uma cirurgia de artroplastia total de quadril via SUS (Sistema Único de Saúde).

A professora Luiza Regina Pereira da Silva, de 49 anos, filha de Edi, descreve que sua mãe sempre foi uma pessoa ativa. No entanto, a doença a tornou incapaz de exercer sua profissão como merendeira. "Começou uma 'dorzinha', que posteriormente se tornou algo insuportável. Fizemos todos os exames e acompanhamento, mas chegou um momento em que ela precisou parar de trabalhar", explica.

No dia 22 de julho, Edi passou por uma consulta no CEM (Centro Médico Especializado) Presidente Jânio Quadros, na qual o ortopedista de plantão atestou a necessidade de cirurgia.

Na ocasião, o médico plantonista também protocolou uma solicitação de consulta especializada com outro ortopedista, que seria responsável por avaliar o quadro cirúrgico da paciente. Entretanto, até o momento, essa consulta não foi marcada.

Desde então, a busca por uma cirurgia por meio do SUS provou ser uma verdadeira saga para Edi e seus familiares. De acordo com Luiza, além de caro, o procedimento cirúrgico é complexo, uma vez que exige a utilização de próteses.

Na artroplastia total de quadril, o osso e a cartilagem lesionados são retirados e substituídos por componentes protéticos. A cabeça do fêmur lesionada é retirada e substituída por uma haste metálica, que é colocada no centro oco do fêmur.

Meses se passaram, e apesar de terem ido à Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul em busca de ajuda, a situação permanece estagnada. "Minha mãe morre todo dia um pouquinho, a sensação de inutilidade é imensa”, comenta Luiza.

Regulação - A resposta obtida da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) foi de que não há solicitação de cirurgia registrada no sistema. Entretanto, pontuaram que há uma consulta pendente com um ortopedista, que irá avaliar o quadro da paciente.

Segundo a Sesau, a data de marcação ainda não foi definida. A reportagem questionou se há previsão de andamento na consulta, no entanto, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.

O Campo Grande News também entrou contato com a Defensoria Pública, para compreender o andamento da judicialização do procedimento cirúrgico. Entretanto, o órgão informou que as informações de andamento processual só podem ser passadas para a assistida.

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