Com UPA lotada, mãe diz que criança com asma foi medicada no chão
Segundo Sesau, demanda está alta e pacientes da enfermaria só são liberados após reavaliação
Com a UPA (Unidade Pronto Atendimento) Coronel Antonino, em Campo Grande, lotada nesta quinta-feira (26), crianças estão sem vaga em enfermaria e precisam aguardar no corredor. Uma delas chegou a ser medicada sentada no chão, segundo a mãe.
Pelo Direto das Ruas, a dona de casa Eloah Machado, 29 anos, contou que chegou com o filho de sete anos, por volta das 11h40. Ela procurou a unidade de saúde, porque o pequeno estava com uma febre de quase 40 graus e com muita tosse.
“Ele passou rápido pela triagem e pelo médico. Em seguida, foi fazer raio-X, mas disseram que não tinha vaga na enfermaria para que recebesse medicação. Pedi então para que liberação o remédio para febre pelo menos e o médico perguntou se eu sabia usar a bombinha e me pediu para fazer aqui fora”, explicou a mulher.
Ainda conforme o relato, no corredor, não havia local para sentar então ela colocou o filho sentado no chão para que fizesse a medicação no chão. “Ele precisava da bombinha por causa da asma, me disseram que nenhum pediatra liberou as crianças que estão na enfermaria, por isso, não tinha vaga. Ele me disse ainda que vai demorar, porque tem bastante gente na fila”, declarou.
Assim como Eloah, a também dona de casa Daniela Cristina Perez da Cruz, 27 anos, contou ao Campo Grande News que foi até a UPA com o filho de 2 anos, pois ele está com diarreia e vômito. Segundo ela, o médico pediu para que o menino fosse medicado, mas também não tinha vaga na enfermaria.
“Cheguei aqui por volta das 9 horas e ele precisa tomar soro com medicação e fazer exame de sangue, mas já faz mais de 2 horas que estou esperando e nada de vaga. Não sei o que fazer”, afirmou Daniela.
À reportagem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) explicou que a unidade de saúde está com 4 médicos clínicos e 5 pediatras atendendo nesta tarde e o atendimento é feito por classificação de risco e não por ordem de chegada, com isso, os casos mais graves são priorizados e os pacientes em observação e que aguardam transferência só podem ser liberados após reavaliação e melhora no quadro de saúde.
“Por fim, lembramos que nas últimas semanas houve um aumento expressivo na procura por atendimento nas unidades de urgência o que, consequentemente, acaba sobrecarregando o serviço. Não há relato de falta de leitos ou poltronas de hidratação para acomodação de pacientes. Esta situação está sendo verificada junto à unidade”, diz a nota.
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