Cratera de 15 metros em Avenida atrapalha moradores no Jardim Carioca
Asfalto se desfaz e diversos buracos aparecem na principal Avenida da cidade. Moradores aguardam obras da Prefeitura
A Avenida 7, principal via do bairro Jardim Carioca, é motivo de transtorno para os moradores, que sentem dificuldade de transitar no local. O motivo é que o asfalto se desfaz e vira uma colcha de retalhos. Os buracos espalham-se, principalmente, no prolongamento da Avenida, que exibe uma cratera de cerca de 15 metros de largura e 4 de profundidade.
O buraco já havia surgido uma vez e foi tampado, mas agora volta atrapalhar quem vive ao longo da Avenida. Além disso, os moradores também aguardam obras de drenagem e a construção de uma ponte que ligue o bairro Jardim Carioca ao bairro Indubrasil.
Aurelino Barbosa, 54, mora na Avenida há 25 anos e afirma que é impossível transitar na Avenida. Na impossibilidade de realizar um retorno na via, motoristas sobem o canteiro central e voltam pela Avenida na Contramão. Além disso, conta ele, uma mina no começo da Avenida jorra água de forma constante no local.
“A situação agrava quando chove, porque ficamos ilhados”, comenta. “Essa avenida não deve constar no mapa da prefeitura, porque 20 anos não são 20 dias. Quantos governos já passaram e a gente continua na mesma situação”, afirma.
Proprietário de uma fábrica de manilhas, Marcos Pereira da Cruz, 46, vive há mais de 20 anos e relata que o problema dos buracos sempre existiu. Para tentar passar na Avenida, ele joga entulhos nos buracos. “Por mim, não precisa nem asfaltar o bairro inteiro, só asfaltar a Avenida principal e fazer a ponte que liga pra outro bairro”, opina.
“A sensação é de abandono e além de terem sido esquecidos, os próprios moradores não fazem questão de ajudar muito e quem mora próximo do prolongamento é que está tomando providências”, conta.
Secretário da associação de moradores, João Damarra, disse “ter fé” de que a ponte seja entregue. Conforme explica, se a associação “não corre atrás ninguém vai”. Todos os dias o morador “fiscaliza” se não há lixo jogado em uma mata ao lado do prolongamento da Avenida.
Além disso, próximo a cratera, vive um cadeirante em uma chácara. Ex-cunhado do cadeirante, José João de Almeida, 54 anos, afirma que as pessoas ficam presos na chácara, já que não tem como sair do local. Segundo ele, se o cadeirante precisa de alguma coisa é necessário um carro ou ajuda do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Luciana Tavares, 42 anos tem uma mercearia e vive há 10 anos na Avenida. Ela afirma estar cansada de esperar que as obras sejam feitas no local. “Sinto que isso atrapalha o comércio porque quando chove as pessoas não tem como ter acesso à mercearia e quando seca ficam vários buracos”.
Presidente da associação do bairro Jance Junqueira, 62, declarou que a ponte deve ser entregue no próximo ano, mas que a renovação do asfalto não tem previsão para ser feita. “A palavra é descaso com a situação que vivemos. Os moradores falam que a gente não faz nada, mas isso não é verdade, nós não somos atendidas e não tem o que fazer”, comenta.
A reportagem acionou a Prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, mas ainda não obteve resposta.
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