Crianças caminham 1,5 km para pegar ônibus escolar na zona rural
As crianças moram na MS-080 e estudam na Escola Municipal Orlandina Oliveira Lima, localizada no Km 30
Mãe de 4 crianças, três em idade escolar, de 5, 7 e 11 anos, reclama que todos os dias os filhos precisam caminhar um 1,5 km, cerca de 40 minutos, para chegar no ponto onde a kombi escolar passa para pegar os alunos. As crianças moram na MS-080 e estudam na Escola Municipal Orlandina Oliveira Lima, localizada no km 30, da Colônia do Aguão, zona rural de Campo Grande.
Ela explica que há 15 dias o motorista foi proibido pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) de passar na fazenda onde a família mora para buscar as crianças. “Eu tentei um acordo com eles. Não tenho condições financeiras de arcar com esse gasto. Meu marido sai muito cedo para trabalhar, não dá para levá-los até o ponto”, lamentou.
"O motorista da kombi não se opõe em descer para pegar as crianças. Não interfere no horário que chega na escola, mas a Semed falou que não, é um custo de R$ 60 a mais para eles. Cadê o direito das crianças. Eles fazem o trajeto com mochila pesada, chegam na escola cansados e passam o dia inteiro lá. Na volta, precisam fazer todo o trajeto novamente. Que criança que se sente motivada dessa forma?", questionou. Eles saem de casa antes das 7h e retornam às 17h.
Segunda Amanda, o filho mais novo sente muita dor na perna, porque há 4 anos fraturou o fêmur. Além disso, o trajeto é íngreme, cheio de areia e as crianças acabam chegando sujas na escola. “As pessoas falam que é só um 1,5 km, mas é longe. Eu ainda tenho que levar uma bebê de 1 ano no carrinho. Imagina quando chove e faz frio, fica pior ainda”, reclamou.
Conforme Amanda, as outras crianças que também dependem do transporte escolar não precisam caminhar muito, elas andam no máximo 400 metros. "Eles moram em chácaras mais próximas do ponto da kombi escolar. Eu sou a que mora mais longe", destacou. A reportagem entrou em contato com a Semed e aguarda o retorno.
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