Demanda aumenta 20% e ida a posto é demorada desde a triagem
Secretaria assumiu que dependendo da classificação paciente precisa aguardar até 4h para receber atendimento
Com aumento de 20% na demanda, quem busca atendimento nos postos de saúde da Capital precisa encarar demora até na triagem. Além disso, a espera pode chegar a 4h caso o paciente seja qualificado como “verde” ou “azul” na situação de risco.
Por meio do canal “Direto das Ruas”, mulher de 36 anos, disse que precisou ir a dois postos para conseguir atendimento a mãe, na tarde desta quinta-feira (24). “Ela estava com crise hipertensiva, paralisia do lado esquerdo, dor de cabeça intensa e a pressão 220mmHg por 120mmHg”, revelou a mulher.
As duas buscaram atendimento no posto do bairro Tiradentes onde a demora começou já na fila para triagem. “Ninguém recebe informação alguma. Chegaram a dizer que o médico nem tinha chegado. Além disso, tudo o que você diz é encarado como desacato. A grande falha está no sistema de triagem, pois o pior pode acontecer antes mesmo que você seja qualificada já que há demora no atendimento”, afirma.
Mesmo em crise, a mãe da moradora não recebeu atendimento imediato, o que as motivou a buscar atendimento na unidade de saúde do Aero Rancho. “A situação foi a mesma. O pior ainda é olhar dezenas de pessoas também no aguardo e nada”, detalha.
A mãe novamente foi triada e só foi atendida quando o quadro crítico foi exposto pela moradora ao médico e trabalhadores do lugar.
Lotados – Por meio de nota a Secretaria Municipal de Saúde, nesta tarde, há quatro médicos fazendo o atendimento na unidade. A eventual demora se dá por conta da demanda elevada de pacientes em estado mais grave o que, consequentemente, faz com que os demais atendimentos demorem um pouco mais, uma vez que o atendimento nestas unidades se dá de acordo com uma classificação de risco e não por ordem de chegada.
“Pacientes classificados como azul ou verde têm até 4 horas para serem atendidos, conforme protocolos de assistência na urgência. Reiteramos que não há falta de profissionais e sim uma demanda cada vez mais crescente comprovada em números. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, mais de 250 mil pessoas foram atendidas nestas unidades, o que representa um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado”.
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