"Falha em internet atrasa audiências virtuais", reclama mulher de detento
Há seis meses o homem está preso em razão de uma briga de trânsito ocorrida em Rio Verde de Mato Grosso
Mulher de 53 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, reclama que o marido de 43 anos, preso há seis meses na penitenciária Jair Ferreira de Carvalho, a máxima de Campo Grande, localizada na Rua Indianápolis, no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, já teve duas audiências virtuais canceladas por falha na internet.
Segundo a mulher, o marido foi preso em razão de uma briga de trânsito ocorrida em Rio Verde de Mato Grosso, distante 203 quilômetros da Capital. Desde então, o interno foi transferido para Campo Grande e vem sendo prejudicado por falta do serviço
Ainda conforme a mulher, quando reclama com a administração do presídio é informada de que o problema é externo. “Quando ele vai ter audiência, não tem internet. Eles falam que a internet está ruim e não podem fazer nada. A gente fala, o advogado fala, mas não adianta. Vai a testemunha, vai o advogado, vai o juiz. Ficam ali na sala, mas as videoaudiências acabam não acontecendo”, lamentou.
A audiência do preso foi remarcada para o dia 18 de setembro. “Eu tenho certeza que vai ser cancelada novamente. Não é só o meu esposo que é prejudicado, mas outros presos também. Estamos gastando com advogado particular e as audiências não acontecem”, disse. Ela também não quis informar o nome do interno com medo de represália.
As audiências virtuais agilizam os procedimentos e reduzem despesas para os cofres públicos, ao evitar custos com combustível e veículos para o transporte de detentos. Em resposta, a Agepen (Agência Estadual Administração do Sistema Penitenciário) informou que às vezes há falta de internet por conta do furto de cabeamento na rede (situação externa ao presídio). Porém, não é uma situação que ocorre constantemente.
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