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Direto das Ruas

Filha faz empréstimo para garantir dieta especial de idoso, em falta no CEM

Idoso sofreu AVC em agosto de 2020 e, desde então, se alimenta por sonda nasoenteral

Ana Paula Chuva | 16/08/2021 15:16
Mariano está acamado e faz uso de sonda para se alimentar. (Foto: Direto das Ruas)
Mariano está acamado e faz uso de sonda para se alimentar. (Foto: Direto das Ruas)

Há cerca de 1 ano, o aposentado Mariano Siqueira Miranda, 95 anos, sofre com as sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e depende uma dieta suplementar, com custo médio de R$ 600 por mês e que está em falta na rede municipal.

A filha do idoso, Jurema Marques Miranda, 58 anos, procurou o Campo Grande News pelo Direto das Ruas desesperada por não conseguir mais manter a alimentação de Mariano. Segundo ela, o leite usado na sonda nasoenteral está em falta no CEM (Centro de Especialidades Médicas) da Capital.

Cada caixa com 1 litro do leite especial usado para alimentar o idoso, custa em média R$ 20. Por dia, ele toma cinco porções de 250 ml, totalizando pouco mais de 1,2 litros. Por isso, a família precisa de, ao menos, 30 caixas por mês.

"Há quatro meses, não consigo essa dieta. Fiz empréstimo e vaquinha com os parentes para manter ele alimentado, mas agora, não tenho de onde tirar. Comprei o último leite hoje por R$ 305,18, isso porque comprei o Nutri 1.2, que é mais barato, só que são cinco vezes por dia de 250 ml que ele toma. Não dura um mês a caixa", disse a mulher.

Dieta usada pelo idoso e que está em falta no CEM. (Foto: Direto das Ruas)
Dieta usada pelo idoso e que está em falta no CEM. (Foto: Direto das Ruas)

Jurema contou que ela e a irmã revezam os cuidados com o idoso, que foi para casa há aproximadamente 8 meses, e conseguiram na Justiça, o fornecimento da dieta e das fraldas geriátricas usadas por Mariano.

"Procurei a Defensoria e consegui esses insumos, aí começou a faltar a dieta, entrei com novo pedido e pediram para aguardar, só que hoje, fui buscar as fraldas e também não tinha. Cada pacote que ele usa custa R$ 80 reais e só vem 30 fraldas. Não sei o que vou fazer", afirmou Jurema.

Ao Campo Grande News, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que os suprimentos já estão em processo de aquisição e a Prefeitura aguarda apenas que os fornecedores façam a entrega, dentro do prazo de 20 dias úteis para que a situação seja regularizada.

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