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Direto das Ruas

Grupo perde viagem à Alemanha e denuncia agente por golpe de R$ 80 mil

Seis casais planejavam divulgar o Pantanal em viagem; grupo pretende registrar caso na Polícia Civil contra a agente de viagem

Silvia Frias | 05/09/2019 11:56
Nas conversas, a agente disse que entregaria as informações em reunião posterior (Foto/Reprodução)
Nas conversas, a agente disse que entregaria as informações em reunião posterior (Foto/Reprodução)

Seis casais, residentes em Campo Grande e Rio Verde, denunciam uma agente de viagens, depois que perderam viagem para Alemanha e sofreram golpe de cerca de R$ 80 mil. O grupo deve registrar boletim de ocorrência amanhã, na Polícia Civil da capital.

A professora de inglês Lisa Guedes Pereira Striquer, 39 anos, disse que a viagem tinha com objetivo divulgar o Pantanal e fomentar o ecoturismo no Estado. Na programação, o grupo iria passar por oito cidades alemães e teria reuniões nas respectivas prefeituras e com integrantes de igrejas católicas.

Lisa conta que faz parte da ONG Kolping Internacional, associação católica com sede em Colônia, na Alemanha, e atuação em diversos países com trabalho em várias áreas, como desenvolvimento rural, formação profissional e medidas geradoras de emprego. A viagem programada para setembro deste ano foi consequência de visita de grupo de alemães em MS, no ano passado. A ONG arcaria com parte terrestre, hospedagem e alimentação.

As passagens seriam por conta dos integrantes da comitiva e, por meio de indicação, o grupo chegou até a agente de viagens Luciana Cristina de Almeida Nogueira, proprietária da Inspire Experiências Viagens e Turismo.

Lisa disse que o prejuízo varia, já que alguns casais compararam euros ou seguro com Luciana, negociaram estadia em outros países, complementando a viagem. No caso da professora, o valor pago foi de R$ 7 mil.

Mesmo pressionada, a agente não entregava os dados da reserva, denuncia Lisa (Foto/Reprodução)
Mesmo pressionada, a agente não entregava os dados da reserva, denuncia Lisa (Foto/Reprodução)

“Ela nunca nos atendeu na empresa, sempre nos encontrava, tinha atendimento personalizado, boa lábia”, lembra o servidor público Marcos Cafure, 53 anos, que também comprou passagem com ela. Além dos R$ 6,5 mil repassados à agente, Marcos também considera como prejuízo o fato de ter pedido para tirar férias para a viagem que nunca aconteceu. No total, o valor repassado à agente foi de R$ 80 mil.

Prazo – as negociações com Luciana começaram no fim de março. Naquele período, ela apresentou aos casais preços atrativos e, por isso, o grupo fechou contrato. Lisa estranhou não ter acesso aos dados da reserva, que deveriam ter saído logo após a conclusão da compra. “Ela dizia que tinha que cumprir parcelas, depois queria reunir todo mundo para fazer apresentação, entregar material personalizado, cada hora era uma coisa”.

Trinta dias antes do embarque, previsto para dia 3 de setembro, eles resolveram pressioná-la a entregar as reservas. Foi feita reunião e Luciana, segundo Lisa, teria prometido entregar os dados da viagem.

Dois dias depois, falou que somente dois casais poderiam embarcar, pediu mais dinheiro para garantir as passagens, pois estava sem crédito na praça. O grupo não repassou nenhum valor a mais. “No último momento, disse que só um casal poderia embarcar”. Ainda de boa fé, todos esperaram pela resposta, mas, o pior aconteceu: no dia 3 de setembro, já estava claro que não havia passagens para ninguém.

Marcos Cafure disse que o boletim será registrado em Campo Grande, local sede da empresa da agente de viagem. Todos estão repassando os dados para a denúncia e ainda há os que aguardam um prometido reembolso. “Ela ficou de depositar para mim anteontem, passei número da conta e nada, tem gente que está aguardando para hoje, mas, duvido”.

A reportagem entrou em contato com dois telefones celulares que seriam de Luciana, um repassado pelos clientes lesados e outro que conta no registro da empresa, que teria sede na Vila Nascente, porém, a agente não foi encontrada.

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