Médico do Detran aponta arma para instrutor e confusão vira caso de polícia
Desentendimento aconteceu na última sexta-feira (6), após avaliação de prova prática
Conflito entre um instrutor de autoescola e um médico do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) acabou virando caso de polícia na última sexta-feira (6), em Campo Grande. O caso só veio à tona hoje.
Segundo informações do boletim de ocorrência em que a equipe de reportagem teve acesso, ao finalizar a prova, o professor que pilotava uma moto caracterizada pela empresa que trabalha, saiu para levar o aluno até a entrada do órgão, quando no meio do caminho, quase colidiu de frente com um carro que estava na contramão da pista.
Ao ver o veículo no sentido contrário, ele deu sinal de luz para que o motorista recuasse ou abrisse caminho, mas o médico que conduzia o carro não gostou e acabou mostrando o dedo, momento em que a vítima diz que foi até lá para falar com o avaliador. Ao se aproximar, o médico teria se alterado, apontado a arma e mandado que o homem saísse.
O professor, que preferiu não se identificar por medo de represálias, conta que tentou explicar o motivo da luz alta, mas não teve diálogo. “Eu disse que dei sinal, porque esse é um procedimento padrão para evitar batidas, só que quando fui conversar, ele apontou a arma e me mandou vazar”, relata.
Ainda de acordo com o instrutor, ele foi embora com o aluno, depois voltou para o órgão e procurou as autoridades policiais alocadas nas dependências do Detran, que conversaram com o médico para tentar entender o que havia acontecido e até chegaram a apreender o revolver.
Após acionar a equipe, ele registrou boletim de ocorrência no Deletran (Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito).
Outro lado - O Detran lembra que o caso começa a ser investigado agora, inclusive, com pedido de imagens pela policia, para que os vídeos ajudem a elucidar o que ocorreu na sexta-feira. Segundo o órgão, também "será encaminhado ofício à Corregedoria de Trânsito do DETRAN-MS para apuração de eventuais infrações administrativas (do médico) e remessa do procedimento de Termo Circunstanciado de Ocorrência ao Ministério Público que atua junto aos Juizados Especiais Criminais de Campo Grande".
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