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Direto das Ruas

Morador é despejado em reintegração de posse e vizinhos se revoltam

Caso foi registrado na manhã desta quarta-feira (8), na Rua Ângelo Fontolan, no Jardim Aquarius II

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 08/06/2022 12:10


Retroescavadeira e caminhão em frente à casa que foi alvo de reitegração de posse nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)
Retroescavadeira e caminhão em frente à casa que foi alvo de reitegração de posse nesta manhã. (Foto: Henrique Kawaminami)

Morador que não teve o nome divulgado foi despejado em reintegração de posse, realizada pela Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul) e oficial de justiça, na manhã desta quarta-feira (8), na Rua Ângelo Fontolan, no Jardim Aquarius II, em Campo Grande.

Além da Agehab e do oficial de justiça, equipe da Polícia Militar acompanhou a ação. Foram usados retroescavadeira e caminhão para a limpeza do imóvel. Segundo vizinhos, o morador trabalha com material reciclável. Por causa da situação, muita gente ficou revoltada dizendo que a equipe chegou de surpresa para cumprir a reintegração de posse.

Segundo o presidente o bairro, Aldo Lopes Cardoso, de 44 anos, a Agehab não deu prazo para o morador sair e está retomando uma casa já quitada. “O dono comprou o imóvel de uma pessoa que já faleceu. Ele tem contrato de compra e venda. Eles [oficial de justiça e Agehab] chegaram de repente”, reclamou.

Vizinhos tirando os móveis do morador de dentro da casa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Vizinhos tirando os móveis do morador de dentro da casa. (Foto: Henrique Kawaminami)

O autônomo Odair da Rosa Marques, de 46 anos, disse que há 5 anos, comprou a casa de uma conhecida da família, que já faleceu. Segundo ele, tem o contrato de compra e venda e havia deixado o amigo morar no imóvel. Na época, Odair comprou o imóvel por R$ 65 mil. “Está tudo documentado”, garantiu.

Enquanto a reportagem estava no local, o atual morador da residência não foi localizado. Mas segundo os vizinhos, ele foi acolhido provisoriamente. Indagada, a oficial de justiça disse que, por várias vezes, os responsáveis pela casa foram informados sobre a reintegração de posse.

Segundo a assessoria de imprensa da Agehab, foi cumprido mandado judicial, porque a ocupação é irregular, o contrato está inadimplente, ou seja, "não está quitado conforme está sendo divulgado".

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