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Direto das Ruas

"Não tem ninguém": após 4h de espera, mulher filma salas vazias de UPA

Segundo a Sesau, a unidade no Leblon estava com quantitativo adequado para suprir as necessidades do plantão

Por Geniffer Valeriano | 04/01/2025 15:10

"Não tem ninguém na triagem, farmácia, tudo fechado (...) salas vazias, não tem médico, tudo vazio". Aline Cescede, de 36 anos, teve de esperar mais de quatro horas para ver sua filha, de 14 anos, conseguir ser atendida. Em meio à revolta com a demora, a mulher percorreu a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon e se deparou com salas totalmente vazias.

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Aline Cescede, de 36 anos, enfrentou uma espera de mais de quatro horas na UPA Leblon para que sua filha de 14 anos recebesse atendimento médico após apresentar febre e vômitos. Apesar de a unidade estar com salas vazias, a mãe relatou que a filha, além de estar doente, sofria com crises de ansiedade devido à longa espera. Mesmo após conversar com um médico, a adolescente só foi atendida por volta das 3h da madrugada, e ambas deixaram o local após as 5h, frustradas com a situação e a falta de atendimento adequado.

Conforme relatado, a mãe buscou atendimento após a adolescente ficar com febre e vomitar várias vezes. Ao chegar na UPA, não demorou muito para que a menina fosse chamada. Porém, o problema começou enquanto aguardava ser chamada pelo médico.

“Deu 0h, deu 1h e eu só aguardando. Minha filha que estava passando mal, ela também estava tendo crise de ansiedade por conta da demora. Perguntava para a recepcionista e ela só falava que os médicos estavam atendendo os mais graves. Na listinha da escala dos médicos só tinha até às 19h”, contou a mulher.

Com o passar das horas, muitas pessoas foram sendo chamadas com um longo espaço de tempo. Porém, Aline e sua filha tiveram que permanecer aguardando. Em certo momento, ela chegou a falar diretamente com um médico, mas mesmo assim sua filha não foi atendida de imediato.

“Chamavam outra pessoa, mas não chamavam a gente. Teve pessoas que até passaram na frente de um idoso. Quando o médico ia chamar a minha filha, ele disse que iria embora, mas que o amigo dele [outro médico] estava chegando para atender, disse que já tinha dado o horário dele”, contou.

Por volta das 3h da madrugada, a adolescente conseguiu ser atendida. Por precisar tomar soro e realizar alguns exames, mãe e filha só foram embora depois das 5h da manhã. “Eu filmei de tanta raiva que me deu”.

Procurada pela reportagem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que “às 23h, o censo da UPA Leblon indicava apenas 7 crianças aguardando atendimento pediátrico, enquanto a unidade contava com 7 clínicos gerais e 5 médicos em escala para atendimento infantil, quantitativo adequado para suprir as necessidades do plantão”.

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