Paciente de risco, mulher com aneurisma cerebral espera vaga em hospital há 24h
Família alega estado gravíssimo e Sesau informa que paciente está monitorada e classificada como prioridade
Solange Pontes da Silva, 56 anos, está internada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino desde a tarde de terça-feira (15) com um aneurisma cerebral com alto risco de ruptura, e família alega que estão à espera de vagas em hospital, sem previsão para transferência.
De acordo com a filha de Solange, Lidiane Pontes, a mãe tem dores de cabeça a mais de dois anos, e recentemente descobriu o aneurisma em uma ressonância feita por meios particulares. "Ela sempre procurava os postos com dor de cabeça, parecia enxaqueca, mas não é normal procurar ajuda e continuar com dor. Tivemos que fazer uma ressonância, mas não temos dinheiro pra cirurgia particular, que o médico disse que é urgente, mas parece que não estão nem aí", reclama a filha.
A pressa de Lidiane é motivada pelo risco de ruptura do aneurisma cerebral, já que, de acordo com relato da família, os médicos explicaram que ele pode se romper a qualquer momento, e causar danos irreversíveis ou até a morte da paciente.
Solange relata que teve dores de cabeça na tarde de ontem e procurou o posto de saúde no Bairro Zé Pereira, onde levou a ressonância que fez por meios particulares, e foi encaminhada para UPA do Coronel Antonino. Desde então, a família conta que ela só vem tomando soro e remédios para dor de cabeça, no aguardo por uma vaga em algum hospital.
No aguardo da vaga hospitalar, a família diz viver em desespero. "É uma bomba relógio, nós estamos desesperados. Imagina se, Deus me livre, o aneurisma não espera a vaga e estoura antes? é urgente", desabafa Lidiane.
Sobre a falta de vaga em hospitais, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) foi questionada pelo Campo Grande News e informou que a paciente está aguardando a disponibilidade de vaga via regulação para uma unidade hospitalar. De acordo com a avaliação médica, a paciente permanece sob medicação e monitoramento contínuo na unidade de saúde, não apresenta sintomas no momento e foi classificada como prioridade.
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