Paciente deita em colchão inflável para aguardar atendimento em UPA lotada
A Sesau informou que é um paciente psiquiátrico e mesmo orientado pela equipe, ele preferiu deitar no chão
RESUMO
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Na noite de sexta-feira (28), a UPA Coronel Antonino em Campo Grande estava lotada, fazendo com que um homem aguardasse atendimento deitado em um colchão inflável. Profissionais da saúde passaram por ele sem reagir. Larissa da Conceição, outra paciente, relatou ter esperado atendimento das 18h40 às 22h50 e teve que comprar medicamentos por conta própria devido à falta de remédios na unidade, incluindo dipirona. A classificação de risco azul era menos prioritária que a vermelha, mas todos estavam mal. A falta de medicamentos e a demora no atendimento foram criticadas pelos pacientes.
A lotação na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, na noite de sexta-feira (28), fez com que um homem aguardasse atendimento deitado em um colchão inflável. Ele tirou os sapatos, os deixou no canto e ficou encolhido. Esse caso foi sugerido por um leitor que enviou uma mensagem pelo canal Direto das Ruas.
O leitor que enviou o vídeo e preferiu não de identificar, disse que saiu da UPA às 3h e o homem ainda estava deitado no mesmo lugar.
Outras pessoas também reclamaram sobre a lotação na unidade de saúde. Uma delas foi Larissa da Conceição, que relatou ter ficado aguardando atendimento das 18h40 às 22h50 e que teve que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar os medicamentos.
“Muita gente reclamando. A alegação deles é que as pessoas com classificação de risco azul poderiam esperar, e a classificação de risco vermelho era prioridade, sendo que todos estavam mal do mesmo jeito. Outra coisa, remédio em falta, não tinha nem dipirona. Esperei todo esse tempo e nenhum remédio tinha no local. Tive que comprar particular. Aí eu te pergunto: cadê os remédios do posto de saúde?”, questionou.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que tem registrado aumento significativo na demanda pelos serviços nos últimos dias, reflexo do crescimento no número de casos de doenças respiratórias observados tanto nas unidades de saúde quanto nos hospitais.
“Esse cenário tem impactado diretamente o tempo de espera para atendimento, e a Sesau compreende as dificuldades enfrentadas pelos pacientes e seus familiares”, diz parte da nota.
Em relação ao paciente que estava deitado no colchão, a secretaria informou que, “embora a condição do paciente não fosse grave, foi necessária uma observação mais prolongada, considerando que se tratava de um paciente psiquiátrico. Durante esse período, enquanto aguardava encaminhamento para um leito de enfermaria, mesmo após a orientação da equipe de enfermagem para evitar a prática, o paciente optou por utilizar um colchão no espaço de atendimento. A Sesau entende o desconforto causado nos períodos de espera."
Ainda de acordo com a secretaria, o paciente ainda continua na unidade de saúde aguardando vaga para um CAPs (Centro de Atenção Psicossocial).
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