Pandemia acabou, preço subiu, mas reclamações de usuários de ônibus não mudam

Apesar do aumento da tarifa do transporte público em Campo Grande para R$ 4,65, decretado pela prefeitura em fevereiro deste ano, a qualidade dos veículos utilizados para transportar a população continua entre as principais reclamações dos usuários, que cobram melhorias por parte do Consórcio Guaicurus, responsável pelos coletivos na cidade.

Cansada de ver os ônibus saindo lotados dos terminais, a empreendedora Yasmin Passos, de 20 anos, enviou um vídeo ao Campo Grande News, mostrando a realidade de trabalhadores e estudantes que precisam utilizar o transporte público diariamente.

“Muito difícil. Quando eu estava grávida, tive que andar várias vezes em pé porque estava lotado, não passava nem da catraca, ficava na porta”, destacou. Ela contou, ainda, que mora na cidade há quatro anos, mas que não consegue perceber melhorias. “Sempre foi assim. Eu só estou vendo a passagem aumentar”.

Nos pontos de ônibus espalhados pela cidade, o que não faltou foi reclamação quanto à qualidade dos veículos rodando que, para os usuários, está longe de ser o ideal. Além disso, a quantidade disponível nas ruas não atende a demanda necessária.

“Depois da pandemia, parece que eles (Consórcio Guaicurus) continuaram com os ônibus em baixa. Precisa colocar mais ônibus nas linhas”, disse o estudante Daniel Júnior, de 28 anos, que entrou logo em seguida na linha 081 – Terminal Bandeirantes/Terminal Nova Bahia, lotado.

Para o estudante da rede pública de ensino do Estado, de 14 anos, que utiliza o transporte público diariamente para se deslocar da região central até o bairro Bonança, muitas vezes é preciso esperar mais de um veículo passar para fugir da superlotação.

“Quando eu saio 11h20, passa no mínimo uns cinco veículos, mas não dá para pegar, está muito cheio, aí tenho que esperar até as 13h”, contou.

Outro jovem que aguardava na parada a chegada do ônibus relatou que, após o aumento da tarifa, deveria haver melhora nos veículos. “A estrutura está muito precária. Deveria melhorar os veículos”, disse.

Nossa equipe procurou o Consórcio Guaicurus, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço continua aberto.

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