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Direto das Ruas

Pitbulls morrem após serem atacadas por abelhas na Vila Almeida

Mãe e filhote, Safira e Pérola foram atacadas por insetos que estão alojados em poste

Adriano Fernandes | 14/11/2021 21:45
Pitbulls Safira e Pérola, que morreram após serem atacadas por enxame. (Foto: Direto das Ruas)
Pitbulls Safira e Pérola, que morreram após serem atacadas por enxame. (Foto: Direto das Ruas)

A semana de uma moradora da Vila Almeida foi marcada por revolta e muita tristeza. Duas cadelas da raça pitbull da vendedora Cristina Martins, de 42 anos, morreram após serem atacadas por abelhas. Ainda abalada com a perda dos animais, a moradora agora pede a captura do enxame, que continua "hospedado" em um poste da Rua Américo Brasiliense, quase em frente à sua residência.

A pitbulls Safira e Pérola, mãe e filhote, respectivamente, foram atacadas por dois dias seguidos, explica a moradora. "Na terça-feira, meu marido chegou do trabalho e elas estavam tranquilas. Foi só o tempo dele tomar banho e sair para fora, que já ouviu elas forçando a porta. Quando ele abriu, elas já entraram correndo, fugindo das abelhas", lembra a moradora.

Na ocasião, segundo Cristina, parte do enxame ainda entrou na residência, obrigando o morador e as cadelas a se trancarem no quarto. "As abelhas estavam passando por de baixo da porta então ele ligou para o bombeiros e foi orientado a deixar as luzes desligadas e elas sumiram. Os bombeiros informaram que iriam em casa na sequência, mas não foram", conta.

Assustadas, as cadelas só saíram para a varanda da residência no dia seguinte pela manhã, depois de muita insistência do casal. No entanto, quando o marido de Cláudia retornou para casa, por volta das 17h40, se desesperou ao ver o estado dos cães.

"Ele mal abriu o portão e elas tentaram sair, mas caíram convulsionando. Ele colocou elas para dentro e quando olhou na varanda dos fundos da casa, o chão estava infestado de abelhas mortas", conta. Cristina chegou em casa na sequência e lembra aos prantos o cenário que encontrou.

"Elas estavam caídas, mal conseguiam se levantar. Havia muito sangue no chão e até na porta de casa. Elas não aguentaram tantas picadas e ficaram forçando a porta com as patas, quebraram todas as unhas de tanto forçarem. Imagina o sofrimento que elas não devem ter passado?", chora.

Safira morreu ainda na quarta-feira(10), já Pérola foi encaminhada a um veterinário, mas na quinta-feira (11) à tarde, também não resistiu. "Gastei R$ 800,00, mas teria gasto muito mais se fosse para manter elas vivas", diz. Segundo Cristina, uma gestante e uma criança que moram na mesma rua também teriam sido picadas pelos insetos.

O Corpo de Bombeiros só compareceu no local na quinta-feira (11) pela manhã, mas deu meia-volta. Como as abelhas estão no alto de um poste, segundo os militares, a captura é responsabilidade da Energisa. A concessionária também foi acionada e técnicos chegaram a ir no local no mesmo dia.

"Mas disseram que a captura só é feita de madrugada, por segurança. No entanto, eles nunca mais apareceram", se queixa. Cristina cobra a retirada das abelhas do local, para evitar que outros incidentes como o que ocorreu com ela, se repitam.

"Que descaso é esse? Teve moradora que foi atacada, será que nem após a morte das minhas cadelas eles vão fazer alguma coisa?", desabafa. Só a tristeza de ter perdido os animais é maior do que a revolta da moradora. Com a voz embargada, Cristina conta que adotou Safira há 3 anos. Já Pérola tinha apenas 8 meses, nasceu em março.

"Elas eram super dóceis, viviam pulando no colo da gente, pedindo carinho. A gente abriu o portão e elas saíam correndo brincando na rua e logo em seguida voltavam, nunca atacaram ninguém. Foi uma perda sem tamanho, eu estou sem chão até agora", conclui.

Procurada pela reportagem, a Energisa informou que "equipes da concessionária serão direcionadas para o local na madrugada desta segunda-feira (15/11)".

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