Presos fazem greve de fome contrariados com "menu repetido"
Já familiares afirmam que manifestação ocorreu após presos receberem comida estragada e crua
Presos da Gameleira l, em Campo Grande, fizeram uma greve de fome nesta semana alegando que a comida é imprópria para o consumo. Segundo os familiares, as marmitas recebidas estariam com carnes cruas ou estragadas; a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) nega a denúncia e diz que manifestação é devida à "repetição no menu".
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Recentemente, presos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira I, em Campo Grande, realizaram uma greve de fome em protesto contra a qualidade da alimentação, alegando que as marmitas continham carnes cruas ou estragadas. Os familiares dos detentos, preocupados com a situação, criaram uma petição pública para exigir melhorias, descrevendo a alimentação como "desumana". A Agepen, por sua vez, negou as acusações, afirmando que a greve se deve à repetição do cardápio e que não houve registro de problemas de saúde relacionados à nutrição dos presos, após uma visita do Ministério Público que não constatou irregularidades na alimentação fornecida.
A cabeleireira, que pediu para não se identificar com medo de represálias, de 34 anos, é familiar de um dos presos e contou que a greve de fome durou pelo menos três dias. "A carne estava vindo azeda por várias vezes, e nada era feito. Eles decidiram não comer mais para que alguma melhoria fosse feita, mas não tiveram retorno", contou.
Os familiares chegaram a criar uma petição pública para cobrar previdências sobre a forma considerada "desumana", pela qual os presos estão sendo tratados. "Os mesmos estão há dias sem comer, porque a comida que está sendo oferecida a eles está em estado desumano de alimentação", diz parte da descrição do abaixo assinado.
Conforme a Agepen, a greve de fome dos presos teria ocorrido devido à repetição dos pratos de carne moída e frango. "Em nenhum momento houve o fornecimento de alimentos impróprios para consumo", afirmou a agência. Ainda conforme a nota, não houve o registro de problemas de saúde relacionados à nutrição ou desnutrição dos presos.
Em nota, a agência afirmou que o Ministério Público esteve na Gameleira na semana passada, observou a alimentação recusada pelos presos, tirou fotos e ouviu os internos. "Nenhuma irregularidade foi constatada durante essa visita, confirmando que os procedimentos e os padrões de alimentação estão em conformidade com as exigências legais e de saúde", destacou.
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