Protesto de vítimas que acusam capoeirista de abusos leva PM a academia
Manifestação ocorreu na noite de ontem (22) e terminou com a chegada da Polícia Militar
Aproximadamente 15 pessoas se reuniram em frente a uma academia na Avenida da Capital, na Vila Margarida, na noite desta quarta-feira (23), em protesto contra professor de capoeira suspeito de estuprar alunos.
Uma das organizadoras do protesto, de 26 anos, contou ao Campo Grande News que a intenção do grupo era alertar pais, alunos e moradores da região sobre os supostos crimes cometidos pelo professor.
Ele usou a capoeira para abusar de mais de 12 crianças. Hoje, todos são adultos, mas foram abusados quando eram menores de idade. Enquanto ele estiver solto, haverá vítima", disse.
À reportagem, um jovem de 18 anos, ex-aluno do professor, contou que sofreu abusos durante três anos. Segundo a vítima, o homem falava que as carícias eram "carinho do mestre". "Fiquei perdido por muito tempo", disse.
O rapaz relatou que chegou a morar por quatro meses na casa do professor, a convite dele."Ele me dava de tudo. Tênis, roupa, perfume. Hoje, percebo que era uma forma de me calar. Fui embora por causa disso", lembrou.
Pouco tempo depois, o jovem descobriu que o primo também estava sendo vítima de abuso, na mesma época. O adolescente, hoje com 17 anos, começou a ser abusado aos 14.
A Polícia Militar foi acionada e dispersou o grupo. Ninguém foi preso.
A reportagem entrou em contato com a academia e, segundo informações do dono, o professor não tem mais ligação com o estabelecimento e deu aula no local até março deste ano.
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