Sem energia, comunidade recorre a água de rio para animais não morrerem de sede
Produtores rurais de Rochedo amargam prejuízos pela falta de energia, que já dura mais de uma semana
Pequenos produtores rurais da comunidade da Areia, em Rochedo, município a 80 quilômetros de Campo Grande, vem enfrentando diversos transtornos e amargando prejuízos devido a falta de energia que atinge a localidade antes mesmo do temporal da última sexta-feira (15).
De acordo com a moradora Simone Sandim, 32 anos, um temporal atingiu a localidade onde moram cerca de 30 famílias no dia 13, derrubando 3 postes e acabando com a energia. “A empresa de energia foi no local no dia em que reclamamos, mas voltaram para a cidade sem resolver o problema. Agora, quando ligamos, eles dizem que estão cientes da falta de energia na região, mas nunca vão solucionar”, reclama a moradora.
Como a comunidade não possui água encanada, os moradores dependem de poços artesanais para a captação de água, porém sem energia, as bombas não funcionam. Desde o dia em que estão sem energia elétrica, os moradores e produtores rurais estão abastecendo caixas d’água em rios da região para matar a sede de animais e para necessidade básicas de higiene.
“São mais de 30 famílias que vivem lá e estão sem luz. Todos trabalham com agricultura e não tem como o gado ter água a não se puxada de poço, mas sem luz, temos que recorrer a dois córregos que passam próximo a região”, completa Simone.
Em vídeo captando água de forma manual em um rio, o produtor Almir Sandim, 60 anos, mostra a dificuldade enfrentada com a falta de energia na região. “É a décima quinta caixa d’água que eu puxo nesse período. São 3 ou 4 por dia. Que aguenta isso? O carro não aguenta ou ser humano também não aguenta, os animais não podem passar sede”, questiona o morador.
Procurada, a Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento e manutenção da energia na região, informou que está verificando a situação. Mais cedo, a empresa afirmou que as equipes, incluindo as de reforço que vieram de outros estados, estão concentradas na área rural de Mato Grosso do Sul, onde a complexidade dos reparos para solucionar a falta de energia é maior.
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