Trilhos desapareceram no Centro, mas são incômodo para motoristas na periferia
Lama asfáltica foi colocada em cima da estrutura desativada há mais de 15 anos, mas não evitou que se soltassem
Removidos sob polêmicas da Avenida Afonso Pena em 2004, os trilhos por onde já passaram os trens da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil ainda estão presentes na periferia de Campo Grande. Mas o caráter histórico da estrutura não é o que sobressai entre os usuários da Rua Teófilo Otoni, esquina com a Rua Joaquim Vieira de Almeida, no Bairro Sayonara, região oeste da Capital.Soltos, os trilhos atrapalham os motoristas e danificam os carros.
Morador da região há mais de 20 anos, Luciano da Silva, 36 anos, afirma que a estrutura não é utilizada há cerca de 15 anos e deveria ser removida do trecho. “Danifica os caminhões e veículos que vêm descarregar na região”, relata. “Um trilho que vem de lugar nenhum e vai para onde eu não sei”, descreveu outro morador.
Apesar da inutilidade, os trilhos não foram removidos da via e a até asfalto foi colocado em cima, o que não garantiu fixação permanente, levando os a se soltarem com o tempo. Também há resquícios da estrutura na Rua Amaro Castro Lima, no Bairro Nova Campo Grande, e na Rua Marcos Antônio, embaixo do viaduto da Avenida Duque de Caxias.
Os trilhos também passavam pela região central da Capital, onde está localizada a Estação Ferroviária, hoje parte do leque de construções históricas da cidade. No entanto, a estrutura próxima ao Camelódramo foi removida na calada da noite em 2004.
Na época, a medida causou polêmica. Uns alegaram falta de sensibilidade quanto à preservação histórica. Outros aprovaram a medida, por causar acidentes no trânsito que começava a intensificar-se na região.
Em nota, a equipe da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) afirmou que vai ao local nesta sexta-feira para resolver o problema.
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