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Economia

"A culpa não é dos supermercados", diz Associação sobre preços

Segundo a Associação Sul-Mato-Grossense dos Supermercados, preço é resultado do aumento das exportações e alta do dólar

Ana Paula Chuva | 09/09/2020 15:58
Pacotes de arrozde 5Kg são vendidos por mais de R$ 24. (Foto: Henrique Kawaminami)
Pacotes de arrozde 5Kg são vendidos por mais de R$ 24. (Foto: Henrique Kawaminami)

A alta dos preços dos produtos alimentícios vem assustando os consumidores em Campo Grande. Situação que resultou em notificações do Procon aos donos dos estabelecimentos, mas segundo a Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados) a culpa não é dos supermercados.

Conforme explicou o presidente da Amas Edmilson Verati, a alta dos preços dos itens da cesta básica, que já ultrapassou os 100%,  está diretamente ligada a oferta e procura dos produtos, aliada a alta do dólar e o consumo de alimentos durante a pandemia de covid-19.

“A gente repudia essas ações do Procon. Nós já explicamos os preços. O livre mercado permite isso. O consumo de alimentos aumentou no mundo e o preço do dólar alto, foi muito melhor para as arrozeiras, por exemplo, vender arroz para fora”, explicou.

“Aumentar os preços diminui nossas vendas. Nenhum dono de supermercado vai aumentar preço sem necessidade, sabendo que vai perder cliente. Não faz sentido”, afirmou Edmilson.

Segundo ele, não é momento de achar culpado e sim se preocupar com a possível falta de arroz no país. “Não adianta deixar o consumidor na expectativa que vai baixar o preço, não vai. O mundo veio atrás do arroz brasileiro. No Rio de Janeiro já estão começando a limitar a compra porque pode faltar o produto até o fim do ano”, destacou.

Ele ainda destaca que nessa equação não há resultado bom diante da crise que o mundo enfrenta. “Ninguém vai deixar de vender para quem paga mais caro. Não faz sentido. Mas se travarmos a exportação vamos quebrar a economia do país. De todo jeito é ruim”, desabafou.

“O assunto é sério. Não adianta ganhar tempo notificando, dando esperança para o consumidor de que o preço pode baixar. A estimativa é de alta ainda devido o valor do dólar e o alto consumo de alimentos no mundo. Avisamos que o preço ia subir há 20 dias”, completou.

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