Procon notifica atacadistas para saber porque arroz e óleo aumentaram tanto
Com o pacote a quase R$ 25, tem família gastando R$ 100 só de arroz na compra do mês
Depois da chuva de reclamações sobre os preços do arroz e do óleo de cozinha, o Procon-MS (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) que saber porque itens básicos da cesta mensal das famílias subiram tanto.
O órgão notificou 12 supermercados de Campo Grande – 7 da rede Fort Atacadista, 3 da rede Assaí e 2 da rede Atacadão. Os estabelecimentos têm 10 dias após para enviar explicações sobre a elevação nos preços.
Nessa terça-feira (8), o Campo Grande News mostrou que a alta no preço do arroz impactou e muito o orçamento familiar. Com o pacote a quase R$ 25, tem família gastando R$ 100 só de arroz na compra do mês.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu "patriotismo" aos supermercados para segurar os preços de itens da cesta básica. "Estou pedindo um sacrifício, patriotismo para os grandes donos de supermercados para manter na menor margem de lucro", disse. Mas não foi o que se viu por aí.
Os representantes dos supermercadistas, por sua vez, alegam ser somente intermediários entre o fabricante e o consumidor final. Os aumentos aconteceram em cadeia. A Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz) informou ao portal Uol que as indústrias compraram o grão dos produtores com valor 30% mais caro em agosto.
E não há previsão de queda nos preços. Isso porque outros fatores explicam o aumento, a alta do dólar favoreceu a exportação e durante a pandemia, o consumo do cereal também cresceu, explicam os especialistas na cadeia produtiva. É a chamada lei da oferta e da procura.