Afetados pela pandemia, serviços fecham 2020 com queda de 1,2% em MS
Em dezembro, no entanto, o volume subiu 3,5% no setor
Com a economia afetado pela pandemia, o volume de serviços caiu 1,2% em 2020, em Mato Grosso do Sul. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a queda é referente ao acumulado de 12 meses frente ao mesmo período de 2019.
Os setores que mais impactaram essa queda são os ligados às atividades presenciais e que, portanto, foram mais afetados pelas medidas adotadas para combater a pandemia causada pelo novo coronavírus.
“A necessidade do isolamento social, o fechamento de diversos estabelecimentos – seja parcial ou integralmente – considerados não essenciais, o receio de contágio das famílias, a inexistência de uma medicação que combata a Covid-19 e o horizonte de tempo ainda distante de uma vacinação em massa são fatores que atuam como um limitador de uma recuperação mais acelerada do setor, sobretudo, em relação aos de caráter presencial”, explica o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Em dezembro de 2020, o volume de serviços, no entanto, avançou 3,5% frente a novembro, após a queda de -5,9%. Esse resultado sucedeu uma sequência de quatro taxas negativas, entre março e julho, e três taxas positivas entre agosto e outubro.
O volume de serviços se encontra em 2,7% acima do patamar de fevereiro, quando as medidas de isolamento social para controle da pandemia de covid-19 ainda não haviam sido adotadas.
Na série sem ajuste sazonal, frente a dezembro de 2019, o setor cresceu 8,5%, sua quarta taxa positiva seguida nessa comparação.
Melhor desempenho no final do ano – Apesar do ano difícil, o setor tem reagido. O Estado tem o terceiro melhor desempenho do setor de serviços frente a dezembro de 2019.
Regionalmente, oito das 27 unidades da federação registraram retração no volume de serviços em dezembro de 2020, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando a variação negativa (-0,2%) observada no Brasil.
Frente a dezembro de 2019, o recuo do volume de serviços no Brasil (-3,3%) foi acompanhado por 16 das 27 unidades da federação. A principal influência negativa ficou com São Paulo (-3,8%), seguido por Rio de Janeiro (- 5,5%), Distrito Federal (-14,2%) e Rio Grande do Sul ( 7,9%).
Por outro lado, Rondônia (9,4%), Mato Grosso (9,1%) e Mato Grosso do Sul (8,5%) assinalaram os resultados positivos mais relevantes.