Apesar do tomate, ovo e café mais caros, inflação desacelera em março na Capital
Transportes lideram impacto do IPCA, que ficou em 0,42%; alimentos ainda pressionam
Apesar da alta expressiva em itens como tomate (32,72%), ovo de galinha (17,65%) e café moído (4,24%), a inflação de março em Campo Grande desacelerou e fechou em 0,42%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (11). A taxa representa uma redução de 1,20 ponto percentual em relação a fevereiro, quando o índice havia sido de 1,62%.
RESUMO
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Apesar do aumento nos preços de itens como tomate, ovo e café, a inflação em Campo Grande desacelerou para 0,42% em março, segundo o IPCA do IBGE. Isso representa uma redução de 1,20 ponto percentual em relação a fevereiro. O grupo transportes, com alta de 0,54%, foi o principal influenciador, enquanto alimentos como batata e banana tiveram queda. Habitação e saúde também contribuíram para a desaceleração. A inflação nacional foi de 0,56% no mesmo período.
A variação de março é maior que a do mesmo mês de 2024 (0,11%), mas marca uma freada importante no ritmo inflacionário. No acumulado de 2025, o IPCA soma alta de 2,08% em Campo Grande, e 5,76% nos últimos 12 meses — acima dos 5,06% registrados no período imediatamente anterior.
O principal fator de influência em março foi o grupo transportes, que registrou variação de 0,54% e impacto de 0,12 ponto percentual no índice geral. Destaques nesse grupo foram o conserto de automóvel (2,8%), a gasolina (0,6%) e o automóvel usado (0,72%). Em contrapartida, transporte por aplicativo (-3,66%) e ônibus interestadual (-3,65%) ajudaram a conter uma alta maior.
No grupo alimentação e bebidas, a alta de 0,26% representa uma desaceleração frente a fevereiro (0,96%). Enquanto alguns alimentos subiram, como o tomate, ovo e café, outros produtos essenciais caíram, como a batata inglesa (-12,0%), banana nanica (-11,86%), arroz (-5,64%) e carnes (-1,81%). A alimentação fora do domicílio também teve queda, de 0,09%, puxada principalmente pelo lanche (-0,73%).
Outros grupos também contribuíram para a desaceleração. Habitação subiu apenas 0,09%, fortemente influenciado pela estabilidade da energia elétrica residencial (0,0%) após uma alta de 12,66% em fevereiro. Já saúde e cuidados pessoais aumentou 0,59%, puxado por produtos como perfumes (3,48%) e serviços hospitalares (3,14%), apesar de medicamentos como neurológicos e anti-inflamatórios terem caído de preço.
O grupo artigos de residência teve uma das maiores variações do mês, com alta de 0,92%, motivada principalmente por móveis para quarto (1,22%) e refrigeradores (1,42%). Vestuário registrou uma leve alta de 0,06%, influenciado por joias e bijuterias (2,84%).
Educação (0,2%) e comunicação (0,49%) também tiveram aumentos, mas com impacto modesto. A inflação nacional em março foi de 0,56%, também abaixo da taxa de fevereiro (1,31%).