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Economia

Após renegociações, consumidor precisa cuidar para não gastar mais do que ganha

Economista dá dicas para evitar ficar com o nome sujo novamente

Izabela Cavalcanti | 21/08/2023 11:08
Consumidora anota contas e soma gastos do mês (Foto: Marcos Maluf)
Consumidora anota contas e soma gastos do mês (Foto: Marcos Maluf)

Passada a temporada dos programas de renegociação de dívidas, o consumidor precisa ficar atento para não cair na cilada do nome sujo de novo. A principal orientação é o básico: não gastar mais do que ganha, conforme o professor de economia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Odirlei Fernando Dal Moro.

“É necessário entender o básico: não dá pra gastar mais do que ganha, nem comprometer muito a renda com parcelamentos. O primeiro passo para quem quer ter uma vida financeira saudável é diminuir as despesas, ficar abaixo das receitas. Com a economia gerada, começar a formar um fundo de reserva”, explica.

Em julho, o Governo Federal ofereceu duas oportunidades para renegociar dívidas dos brasileiros: o Desenrola Brasil e o Renegocia. O primeiro somente para dívidas de bancos; o segundo para qualquer tipo de dívida.

Sobre o Desenrola, os bancos não apresentaram dados parciais sobre Mato Grosso do Sul, mas no Brasil, em duas semanas, foram negociados R$ 2,5 bilhões, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

O Renegocia atendeu 2,1 mil consumidores de Campo Grande, entre os dias 24 de julho e 11 de agosto. Os atendimentos foram feitos no Procon Estadual e Municipal.

Lista para ajudar consumidor a evitar novos endividamentos (Arte: Thiago Mendes)
Lista para ajudar consumidor a evitar novos endividamentos (Arte: Thiago Mendes)

O economista ainda pontua alguns comportamentos que precisam ser mudados para não ter o nome no Serasa novamente.

“É legal as pessoas entenderem o que é ativo e o que é passivo. Ativo é tudo aquilo que coloca dinheiro no seu bolso. Passivo é tudo aquilo que tira dinheiro do bolso. Um carro, passeios nos fins de semana, casa são passivos. Aplicação em títulos públicos é um ativo. Uma das melhores formas de não caírem novamente na dependência dos bancos e com juros elevados é não se endividar mais. Para isso tem que fazer um ajuste nas contas”, completa.

Sobre o método de controle, Odirlei informa que não importa a forma que será controlado, por planilha, anotações, aplicativos, o importante é a pessoa se adaptar e ver o resultado.

“O método de controle eu costumo dizer que não importa, o mais importante é o resultado. Há pessoas que possuem planilhas, aplicativos e outras que anotam em cadernos mesmo, tanto faz.”

Endividados - De acordo com o Mapa da Inadimplência da Serasa, o número de brasileiros que não consegue pagar suas contas teve queda em julho, redução de 34.495 mil pessoas na comparação com junho.

Os principais responsáveis pela segunda queda consecutiva foram os débitos com bancos e cartões de crédito, o que pode estar ligada aos primeiros impactos do Programa Desenrola Brasil, por exemplo.

Sobre os dados regionais, a Serasa informa que está contabilizando as negociações de Mato Grosso do Sul no mês de julho.

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