Após “salvar” cesta básica, preço do quilo do tomate pula para R$ 13,99
Escassez do fruto nas gôndolas refletiu no valor da venda; antes de garantir a salada é bom pesquisar
O “efeito sanfona” de calor e chuvas intensas em Campo Grande causou escassez do tomate nos mercados e consumidor sentirá no bolso. A reportagem pesquisou o valor de três modalidades do fruto em quatro mercados da Capital e encontrou o quilo sendo vendido entre R$ 4,49 e R$ 13,99, uma variação quase 180%.
A supervisora técnica do Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Andreia Ferreira, explicou que a oscilação do clima reflete nos hortfruti, principalmente, no tomate.
“Quando chove demais, o agricultor não consegue colher a tempo ou colhe antes do tempo. Há casos em que nem consegue colher. Isso provoca a baixa oferta do produto e consequentemente o aumento do preço”, disse.
Ainda segundo Andreia, a “safra de água” é boa, mas não quando ocorre em excesso. Campo Grande enfrentou muitas chuvas no fim de fevereiro e isso já reflete em março.
Diferença - A última pesquisa do Dieese mostrou a queda no preço do tomate (-25,39%) – que já acumulava retração em (-5,12%) em 12 meses e fechou janeiro com preço médio de R$ 4,26 o quilo do fruto.
Na pesquisa desta manhã, o Campo Grande News encontrou variações de até 180% em três tipos de tomate:
Comper Jardim dos Estados
Tomate uva: R$ 4,99
Tomate salada: R$ 5,69
Tomate italiano: R$ 7,99
Carrefour
Tomate uva: 7,49
Tomate salada: 5,69
Tomate italiano: 9,79
Wallmart Mato Grosso
Tomate salada: R$ 4,49
Tomate italiano: R$ 6,99
Extra Maracaju
Tomate salada: R$ 5,69
Tomate italiano: R$ 13,99
A inflação de janeiro do IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor da Capital) também apontou o tomate como um dos produtos mais baratos da cesta básica.
Os dez “vilões” da inflação em janeiro são: taxa de esgoto/água (7,84%), botijão de gás (5,33%), mensalidade de clube (2,99%), aluguel em apartamento (0,63%), cenoura (49,89%), contrafilé (6,09%), alcatra (2,78%), feijão (7,30%), sapato masculino (5,62%), sabonete (4,67).
Já os dez itens que ficaram mais baratos são: gasolina (-2,71%), tomate (-21,92%) patinho (-6,22%) e participação de -0,04%, calça masculina (-7,37%), arroz, com baixa (-3,46%), ovos (-13,31%), cabeleireiro (corte e pintura) (-2,13%), batata ( -8,03%), diesel (-0,68%), sapato feminino (-4,49%).