Após vendas no comércio, trabalhadores mudam de ramo para "crescer" com celulose
Fábrica já está em operação desde julho, mas será inaugurada oficialmente em dezembro
Com a nova fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo prestes a ser oficialmente inaugurada, trabalhadores ainda estão tentando se encaixar no quadro de colaboradores do megaempreendimento. Alguns até mudaram de profissão.
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A cidade de Campo Grande está servindo como ponto de encontro para trabalhadores que irão atuar na nova fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo. Um ônibus com 30 funcionários chegou à capital para exames admissionais, antes do início oficial das operações da fábrica em 5 de dezembro. A unidade, que demandou cerca de 10 mil trabalhadores durante a construção, terá um quadro de 600 funcionários, com a cadeia de produção envolvendo cerca de 3 mil pessoas. Testemunhos de novos funcionários demonstram a expectativa e os benefícios oferecidos pela empresa, como salário, plano de saúde e outros benefícios, atraindo trabalhadores de diferentes áreas para a oportunidade.
A demanda em Ribas está a todo vapor. Primeiro, na construção do empreendimento, demandou cerca de 10 mil funcionários no pico da obra. Agora que já está pronta, a unidade deve ter quadro de cerca de 600 trabalhadores. Já a cadeia de produção deve envolver 3 mil pessoas.
Jocelina Ximenes, de 24 anos, veio para Campo Grande fazer exame admissional para trabalhar como ajudante de campo, em Ribas do Rio Pardo. Antes de entrar para o ramo da celulose, ela era vendedora de roupas.
Ela conta que conseguiu o emprego por meio da indicação de uma colega, e demonstra felicidade em aprender o novo. “Eu já trabalhei com irrigação, mas antes disso eu trabalhava em uma loja de roupas como vendedora. É bom para crescer, eu estava precisando, e lá em Ribas do Rio Pardo esse é o foco hoje em dia”, pontuou.
Sobre a função, ela disse que não precisou fazer nenhum curso, mas teve que aprender dia após dia. Jocelina disse ainda que terá que sair de casa às 4h30 para trabalhar e irá voltar somente no fim da tarde, mas tudo bem. “Tive que aprender na marra. Eu não planto, eu molho o que eles plantam, é irrigação. Ribas está muito desenvolvido. Eu pedia muito para conseguir um emprego na Suzano. Vai ser bom. Eles perguntaram até se eu precisava de moradia, mas já tenho”, disse ansiosa.
Braselino Peixoto, de 43 anos, está com a expectativa tão grande que pensa até em aposentar na fábrica. Ele foi fazer exame admissional para ser motorista de caminhão-pipa. Antes de ser indicado para trabalhar na empresa, vendia gás, mas quis desistir para abraçar a nova oportunidade.
“Eu tenho bastante conhecido, conversei com um deles, enviei meu currículo e chamaram. Esperei uma semana. A oportunidade é melhor, em questão de tudo. Salário, plano de saúde, acho que odontológico, ticket, tem vários benefícios. A expectativa é grande, eu quero aposentar lá”, comemorou.
Clínica de Medicina e Segurança do Trabalho informou ao Campo Grande News que, ao longo desta semana, diversas pessoas vão ao local para realizar exame admissional para trabalhar na fábrica. Na tarde de segunda-feira (26), um ônibus com 30 funcionários chegou à Capital.
A equipe de reportagem entrou em contato com a Suzano para saber sobre essa questão do ônibus, que informou que irá verificar.
Início das operações – A fábrica de celulose da Suzano foi ativada em julho de 2024. O empreendimento é apontado como o maior investimento privado em curso no País, com valores de R$ 22,2 bilhões, dos quais R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões para outros serviços associados, como a florestas e criação de uma estrutura de escoamento.
Na época, a inauguração ocorreu de forma mais interna, para diretores. Agora, dia 5 de dezembro, será a inauguração oficial.
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