Aposentadoria, seguro-desemprego e outros: como ficam após novo salário mínimo?
Reajustado em 7,5% a partir de 1º de janeiro, o valor passou de R$ 1.412 para R$ 1.518
Desde 1º de janeiro de 2025, o valor do salário mínimo é de R$ 1.518. O aumento em relação ao valor anterior, que era R$ 1.412, terá impacto em benefícios como a aposentadoria, seguro-desemprego e outros listados em matéria publicada pelo Estadão.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
O salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro de 2025, representando um aumento de 7,5% em relação ao valor anterior. Esse reajuste impactará diversos benefícios, incluindo aposentadorias e seguro-desemprego, com os aposentados recebendo o novo valor já entre 27 de janeiro e 7 de fevereiro. Além disso, o governo está considerando mudanças nas regras de concessão de benefícios sociais, como o Bolsa Família, e a renda exigida para inscrição no CadÚnico aumentará de R$ 706 para R$ 759. As alterações também afetarão os Microempreendedores Individuais (MEIs), que terão um novo valor de contribuição mensal para o INSS de R$ 75,90 a partir de janeiro de 2025.
Com a alteração, os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) que recebem o mínimo, terão reajuste integral de 7,5%. Já o vencimento do segurado que ganha mais que isso, será menor porque é corrigido pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O índice ficou em 4,84% no acumulado de 12 meses até novembro de 2023.
De acordo com o calendário do INSS, os aposentados e pensionistas que têm direito ao piso nacional terão os benefícios depositados já com reajuste entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro. Já os pagamentos que superam este valor serão feitos com o aumento após 3 de fevereiro.
Veja como fica o calendário de pagamentos, conforme o número final do cartão (sem considerar o dígito verificador):
Até um salário mínimo
- Final do cartão 1: 27 de janeiro
- Final do cartão 2: 28 de janeiro
- Final do cartão 3: 29 de janeiro
- Final do cartão 4: 30 de janeiro
- Final do cartão 5: 31 de janeiro
- Final do cartão 6: 3 de fevereiro
- Final do cartão 7: 4 de fevereiro
- Final do cartão 8: 5 de fevereiro
- Final do cartão 9: 6 de fevereiro
- Final do cartão 0: 7 de fevereiro
Acima de um salário mínimo
- Final do cartão 1 e 6: 3 de fevereiro
- Final do cartão 2 e 7: 4 de fevereiro
- Final do cartão 3 e 8: 5 de fevereiro
- Final do cartão 4 e 9: 6 de fevereiro
- Final do cartão 5 e 0: 7 de fevereiro
Seguro-desemprego e outros - O valor mínimo que o trabalhador demitido sem justa causa recebe acompanhará o valor atual do salário mínimo: R$ 1.518. O governo federal estuda mudar as regras para concessão do benefício e poderá divulgar as alterações ainda este ano.
O abono salarial também será concedido tendo o piso nacional como base. O pagamento é igual ao salário mínimo atual para quem trabalhou com carteira assinada por 12 meses e equivalente aos meses trabalhados por quem não completou um ano com registro.
Haverá mudanças para se inscrever no CadÚnico (Cadastro Único) e receber benefícios como o Bolsa Família. O valor da renda exigida por pessoa passará de R$ 706 para R$ 759. Ela deve representar 50% do salário mínimo por integrante familiar.
Idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência que têm direito ao BPC (Benefício de Prestação Continuada) também devem se atentar. Com o aumento do mínimo, a renda por pessoa exigida de cada membro da família para a concessão do pagamento deverá ser de R$ 378,50 (25% do salário mínimo).
Os MEIs (Microempreendedores Individuais) serão afetados, ainda. O valor mensal que eles devem recolher obrigatoriamente para o INSS será R$ 75,90 a partir de janeiro. Antes, era de R$ 70,60. A cobrança representa 5% do valor do salário mínimo.
Menor que o esperado - O aumento do salário mínimo em 2025 é de 7,5% (R$ 106 a mais). Ele representa uma quebra em relação à política salarial anterior.
Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), caso continuasse valendo a regra que previa o repasse integral da taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023, o valor alcançaria R$ 1.528 (R$ 10 a mais que o decretado).
Porém, o aumento considerou a inflação (4,84%) medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do INPC-IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) acrescida do percentual de 2,5%, conforme a Lei 15.077/2024, que alterou o Novo Arcabouço Fiscal e a Política Nacional de Valorização do Salário Mínimo.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.