Banco Central eleva taxa básica de juros para 14,25%, maior patamar desde 2016
O aumento de 1 ponto percentual era esperado pelo mercado
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual, de 13,25% para 14,25% ao ano. Com isso, os juros voltam ao patamar registrado durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff (PT).
RESUMO
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O Banco Central aumentou a taxa Selic para 14,25% ao ano, maior nível desde 2016, em decisão unânime do Copom. A medida visa conter a inflação em um cenário econômico adverso. O BC sinaliza possíveis novas altas, mas com menor intensidade. A Selic já esteve nesse patamar durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff. A política monetária seguirá contracionista, mantendo juros altos para controlar o consumo e a inflação. A próxima reunião do Copom está marcada para maio.
A decisão foi unânime entre os membros do comitê. Em comunicado, o BC sinalizou que novas altas devem acontecer, embora com menor intensidade. A próxima reunião do Copom será em maio.
Entre os motivos para o aperto monetário, o colegiado citou a continuidade de um "cenário adverso" para conter a inflação. Também apontou a incerteza elevada e os efeitos defasados da alta dos juros na economia.
A taxa Selic de 14,25% já esteve em vigor entre julho de 2015 e outubro de 2016, período que atravessou o impeachment de Dilma e serviu para tentar conter a escalada da inflação.
O Copom reforçou que a extensão do atual ciclo de alta vai depender do comportamento da inflação e da atividade econômica. O comitê também indicou que a política monetária seguirá contracionista, ou seja, mantendo os juros altos para frear o consumo e segurar a alta dos preços.
A próxima reunião do Copom será nos dias 7 e 8 de maio.