Calor de outubro dobra vendas de ar condicionado e ventilador
Outubro passou com os termômetros registrando temperaturas altíssimas e a onda de calor refletiu diretamente nas vendas de ar condicionado e ventiladores. Nas lojas do centro de Campo Grande, a procura dobrou e os consumidores estão com dificuldade de encontrar aparelhos a pronta-entrega.
De setembro a outubro, as vendas aumentaram de 40% a 70%, principalmente de ventiladores, que ainda predominam na procura dos consumidores, segundo gerentes de duas lojas da Capital.
Contudo, ventilador ainda tem a rodo nas lojas, diferente de ar condicionado, que falta aparelho e os que ainda vão chegar já estão vendidos. “Por causa do imposto de importação ter subido, o fabricante diminuiu a produção de ar condicionado, por isso a falta até no estoque”, explica Aderi Otavio da Cruz, gerente da City Lar.
Segundo Aderi, os mais procurados são de 9 e 12 BTus, e split. “Tenho 600 aparelhos para receber no dia 8 de novembro e mais 600 para o dia 15, todos vendidos”, ressalta o gerente.
Na lanterna, mas com a procura em alta, as vendas de climatizadores e umidificadores também aumentaram. “Na falta do ar condicionado, o cliente leva outra opção, mas eles querem sair da loja com algum aparelho para dar jeito imediato no calor”, diz o gerente da Romera.
De acordo com o gerente, só o setor de ar condicionado, ventilador, climatizador e umidificador da loja faturou ontem R$ 20 mil. “O cliente chega e nem pergunta o preço, ele só quer o aparelho”, conta.
A aposentada Yurie Maki, de 71 anos, estava na manhã de hoje a procura de um ar condicionado. Na casa dela, há um de 7500 BTus, que não está dando conta do calor. “Quero trocar por um mais potente, mas está difícil de encontrar nas lojas”, reclama.
Também à caça, o professor Juliano Corrêa, 30 anos, quer reforçar os aparelhos na casa dele. “Tenho ventilador, mas quero um ar portátil. Até agora não encontrei nenhum a pronta-entrega”, comenta.
Instalação e manutenção – E a procura não para nas lojas. Os técnicos de manutenção e instalação também estão tendo bastante trabalho em outubro. “Chego a recusar serviço porque não dou conta de atender tudo”, conta o técnico Adailson Martins.
Em média, ele fazia quatro atendimentos por dia, agora, o número dobrou. “Chego a fazer 10 trabalhos por dia, entre instalação e manutenção”, afirma. Segundo Adailson, a manutenção lidera os atendimentos.
“O problema é que as pessoas não fazem manutenção corretamente e quando chega o calor elas aumentam a freqüência de uso, então os aparelhos não aguentam e estragam mesmo”, explica o técnico.