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Economia

Cargas não chegam e já faltam itens básicos nos mercados

Paralisação dos caminhoneiros, iniciada na segunda-feira, tem reflexos em vários setores, entre eles o de venda de produtos da cesta básica

Ricardo Campos Jr. e Bruna Kaspary | 25/05/2018 11:35
Estoque de alguns produtos começa a ficar reduzido em mercados (Foto: Saul Schramm)
Estoque de alguns produtos começa a ficar reduzido em mercados (Foto: Saul Schramm)

O desabastecimento e o aumento de preços causado pela greve dos caminhoneiros afeta supermercados em Campo Grande. O bloqueio da categoria nas rodovias impede a chegada dos produtos nas centrais de distribuição, deixando vazias principalmente as prateleiras de verduras, legumes e frutas.

Lucilei Ferreira, gerente do mercado Encontra na Vila Célia, diz que estão em falta farinha, carne e cenoura. “Infelizmente não tenho muito o que fazer. O que eu tinha de estoque acabou e não estamos recebendo mais produtos”.

Batatas foram as mais afetadas pela greve e o quilo desse tubérculo passa dos R$ 5 (Foto: Saul Schramm)
Batatas foram as mais afetadas pela greve e o quilo desse tubérculo passa dos R$ 5 (Foto: Saul Schramm)

O único item mais caro é a batata, que está sendo vendida por R$ 5,19 o quilo. “Se demorar mais, se passar da semana que vem, não tem mais nada, todos os produtos já vão ter acabado”, afirma.

Alex Silva, gerente do supermercado Legal do bairro Alto das Paineiras, diz que faltam batata, cenoura, laranja e os resfriados, como frango. “Ontem recebemos um pouco de batatas, cujo preço saltou de R$ 3,99 para R$ 7,98 o quilo”.

Se a greve acabar até a próxima segunda-feira, há previsão de chegarem alguns produtos para reabasterecem os estoques e gôndolas.

No mercado Pag Pouco da Coronel Antonino, que pertence à Rede Econômica, o estoque só não zerou porque alguns boxes na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) reservam produtos para o grupo.

O item mais afetado é a batata, que na semana passada custava menos de dois reais e hoje está quase em R$ 5.

Distribuição – Na Ceasa, além dos estoques da batata e da laranja, estar zerado, já estão quase em falta também a cebola e a batata doce.

Alguns produtos começam a faltar na Ceasa (Foto: Saul Schramm)
Alguns produtos começam a faltar na Ceasa (Foto: Saul Schramm)

Ceasa diz que a batata doce é a principal substituta da inglesa e com o estoque no fim, a saca que saía por R$ 25 já custa R$ 50. A cebola também já está em falta em alguns dos boxes. A saca de 20 kg que custava R$ 55 na segunda-feira (21), 1º dia da paralisação nacional, hoje custa R$ 90 – variação de 63%.

A caixa com 18 kg de maçã foi de R$ 50 para R$ 60 (aumento de 20%) e caixa de 15 kg de maracujá teve exatamente a mesma variação. Já a caixa com 20 kg de mamão passou de R$ 35 para R$ 40 (acréscimo de 14%).

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