Celulose e carnes provocam aumento de 23% nas exportações de MS
Levantamento é da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul. Primeiros nove meses registraram aumento em relação ao ano passado
As exportações do setor industrial de Mato Grosso do Sul registraram aumento de 23% nos primeiros nove meses deste ano, em comparação com o ano passado. Celulose e carnes, bovina e de aves, foram responsáveis por alavancar a venda dos produtos para o mercado internacional. Os dados são da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).
Conforme o levantamento, a indústria respondeu, em setembro, por 76% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Já o acumulado de 2018 representou participação de 60%. A receita com a exportação de produtos industriais foi de US$ 287,4 milhões.
Coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende afirma que Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Açúcar e Etanol” e “Couros e Peles” se destacaram em relação aos outros setores. Somados, eles representam 98% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.
“A produção de celulose segue em expansão, registrando recordes consecutivos nos últimos anos. Tal resultado é derivado da demanda externa aquecida, principalmente na China e na Europa, que são os principais mercados de destino da nossa produção. O cenário continua positivo para 2018, com preços em elevado patamar e produção em crescimento”, comentou o coordenador.
Setores fortes – O grupo “Celulose e Papel” teve receita de US$ 1,41 bilhão, com aumento de 94% nos nove meses de 2018 com o mesmo período de 2017. Desse total, 97,6% decorrem da venda da celulose (US$ 1,38 bilhão).
Principais compradores, a China responde por US$ 758,8 milhões, a Itália por US$ 160 milhões, Holanda por US$ 129,1 milhões, Estados Unidos por US$ 92,7 milhões e Coreia do Sul por US$ 37,9 milhões.
No complexo frigorífico os valores da soma de janeiro a setembro deste ano foram de US$ 686,3 milhões. Esse número, no entanto, apresentou uma redução de 1% em relação ao mesmo período do ano passado. Do total arrecadado, 35,9% são das carnes desossadas de bovinos congeladas: US$ 246,3 milhões.
Os principais compradores desse produto foram Hong Kong, com US$ 139,6 milhões, Chile, com US$ 110,2 milhões, China, com US$ 49,9 milhões, Arábia Saudita, com US$ 44,2 milhões, e Irã, com US$ 42,9 milhões.