Cesta básica está mais barata, mas o churrasco está mais caro
A cesta básica fechou o mês de agosto 2,90% mais barata em Campo Grande se comparada com o valor apresentado no mês de julho. A pesquisa, que foi realizada pela Semac (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia), também apontou que os 15 produtos que compõem a cesta foram adquiridos por R$ 285,32 em agosto, contra R$ 293,85 no mês anterior. No entanto, os consumidores continuam com a sensação de que os produtos estão mais caras.
O Dieese também elabora uma pesquisa mensal. Essa, apontou que, em agosto, houve queda de 1,80% no valor da cesta básica em Campo Grande, redução foi de R$ 5,27 em relação ao mês anterior.
Apesar de os números serem positivos, tanto na pesquisa do Dieese, quanto da Semac, itens como pães e farinha de trigo apresentaram alta nos preços. Além disso, o churrasco também ficou mais caro: a carne apresentou alta de 1,42% segundo os dados da Semac. Já os pães, apresentaram aumento de 2,35%.
O administrador de empresas Fernando Moraes lamentou o aumento no preço da carne. "Quem faz as compras em casa é minha esposa. Apesar disso, percebi que o preço de muita coisa subiu, como o da carne para churrasco", conta. O administrador, que estava justamente comprando itens para um churrasco, dá a dica: "a saída é incluir na lista outras coisas, como frango e coração de galinha."
Variações - Ela não faz parte da cesta básica, mas o contador Sérgio Fernando logo dispara: o que subiu mesmo foi o preço da cerveja. Apesar da brincadeira, ele lamenta o aumento no preço do pãozinho francês, por exemplo, tão frequente na mesa do brasileiro. Mas o preço da carne também assusta. "O jeito é aproveitar as ofertas. Frequento um supermercado que tem promoção de carne todas as quintas, aí dá para aproveitar. Se não for assim, pesa", afirma.
O arroz e o açúcar foram listados com valores reduzidos tanto na pesquisa do Dieese e da Semac. Além desses, a pesquisa da secretaria também apontou queda nos seguintes itens: batata 19,77%, tomate 15,37%, feijão 12,84%, alface 10,15%, óleo 5,70%, sal 2,22% e margarina 0,92%.
Para a autônoma Janete Bulgarelli, dona de casa e mãe de dois filhos, é possível compensar a alta da carne, por exemplo, com os itens que estão com preço menos salgado. "Ter legumes a preço mais baixo, por exemplo, ajuda muito no orçamento porque, assim, a gente pode usar mais desses produtos nas refeições", compartilha. "Ajuda até a fazer economia em relação à compra da carne e a variar mais na alimentação", finaliza.