Clássica compra de última hora não falta nem com pandemia
Quem saiu logo cedo aproveitou centro mais calmo, mas não escapou de aglomerações em alguns locais
Mesmo com pandemia, o clássico de Natal se repete e os consumidores saíram às ruas, em busca das compras de última hora para complementar a ceia e dos presentes de familiares. Quem saiu cedo, se surpreendeu e por conseguir evitar aglomeração e garantir as compras.
“Hoje está bem tranquilo, fiquei surpresa, nos outros dias estava muito movimentado, aglomeração, pessoal não está respeitando”, disse a depiladora Maria Ivonilde de Souza, 62 anos. Ela aproveitou a ida ao médico para passar pelo centro e comprar presente para a neta, de 2 anos. A noite de Natal será em casa, mas nem tanto pela pandemia da covid-19. “Nunca gostei de ficar me ajutando muito, meu esposo vai para mãe dele, eu fico em casa. Só vou amanhã levar presente da neta”.
“Vim cedo para ir embora cedo”, justificou a servidora Elizabeth Ricarts, 62 anos. Comprou presentes para os 3 filhos e netos e irá passar a noite de Natal com eles. Pelo centro, também passava o mestre de obras Cheverton Silva Celestino, 36 anos, com a esposa e as duas filhas. “Mais tarde isso aqui vai estar lotado de gente”.
Outro “point” do centro, o Mercadão Municipal, a circulação de clientes começou cedo. A assessoria informou que o movimento está abaixo do normal, regularmente cerca de sete mil por dia. A informação é que muitos estão indo em horários diferentes, evitando aglomeração.
Quando muitas pessoas estão dentro do Mercadão, a entrada é proibida até que saia alguém. Segundo assessoria, clientes e funcionários são orientados a usar máscara e álcool em gel.
O empresário Sérgio Vegine, 58 anos, foi um dos que optou em chegar antes das 10h para evitar tumulto. “Até para estacionar, achei mais tranquilo”. Ele foi comprar carne para complementar a ceia, depois da chegada surpresa de familiares.
A contadora Eloir Marques da Silva, 49 anos, foi ao local comprar ervas e castanhas para a ceia. Ela diz que alguns itens não tinha como antecipar. “Presente de Natal dá para antecipar, comida tem que ser fresquinha”. Eloir acredita que não encontrou aglomeração. “Estou achando um tédio tudo isso, ter que sair de máscara, eu gosto do Natal, mas só vou passar com meus filhos e marido”.
Na avenida Calógeras, o autônomo Oswaldo Sérgio Cardoso, 46 anos, enfrentava o segundo mercado embusca de produtos para ceia,como frutas, frios e refrigerantes. “Vim só hoje porque não tive tempo antes, estou achando bem movimentado”. Ele é de Campo Grande, mas mora atualmente em Florianópolis e veio para passar as festas com a família.
A autônoma Ana Paula da Cruz, 42 anos, tinha adiantado as compras, mas hoje enfrentou mais um dia de mercado para ajudar amiga, idosa e que não teve tempo de fazer as compras antes. “Me pediu para vir aqui, eu vim, o espírito de Natal”.
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Ana Paula não gostou da aglomeração que viu.”Vim aqui e está pegando fogo, se tiver como, melhor que fique em casa, mas brasileiro é assim, deixa tudo para a última hora”.
A pandemia deve ser responsável pela queda de 28% das vendas do comercio no Natal, segundo estimativa da Fecomércio MS. O faturamento previsto é de R$ 691,74 milhões em Mato Grosso do Sul.