Com funcionamento em xeque, comércio quer parcelar água, luz e adiar impostos
CDL-CG prevê cenário de crise por causa de recomendações de isolamento social
A recomendação de isolamento social e contra aglomerações, a fim de evitar a dissipação desenfreada do novo coronavírus, preocupa o comércio de Campo Grande. A previsão de crise fez a CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande) pedir providências para minimizar possíveis impactos.
A câmara comunicou, nesta terça-feira (17), que pleiteia com as concessionárias o parcelamento das contas de água e energia elétrica deste mês e de abril, “uma vez que a economia já vem sentindo os reflexos da crise”, justificou.
Os comerciantes demandam também o adiamento, por lei, da cobrança e o parcelamento dos tributos municipais - como o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) - referentes a março e abril.
A CDL-CG ainda pretende buscar nos bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, oferecimento de crédito com juros e condições especiais para os varejistas campo-grandenses. As duas instituições já anunciaram crédito para empresas com dificuldades financeiras por causa da pandemia do novo coronavírus.
Por último, a câmara de lojistas solicita orientações e consultoria empresarial e jurídica para empresários encontrarem soluções e minimizar os impactos da crise.
Os associados da CDL-CG receberam recomendações de procedimentos internos de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus, como reforçar limpeza, oferecer álcool em gel a funcionários e clientes, cancelar reuniões presenciais e suspender eventos nos próximos dias.
Encontro da própria CDL-CG, o “Mulher de Sucesso 2020”, previsto para o dia 26 de março, foi temporariamente suspenso.
Casos - Até a manhã desta terça-feira (17), a SES confirma quatro casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Estado, todos na Capital. Outras 33 ocorrências são investigadas. Desde 25 de janeiro, foram registradas 88 notificações de casos suspeitos.