Com inflação alta e aluguel mais caro, locatários tentam negociar reajuste
Depois da onda de financiamentos facilitados para a compra da casa própria, o mercado imobiliário dos alugueis voltou a ser valorizado. Com o aumento da procura, em apenas 12 meses, a alta da inflação registrada pelo setor chegou a 12,21% em todo o país.
Com o resultado do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), usado no reajuste de alugueis, variou 1,69% em junho. No mesmo mês do ano passado, a variação foi de 0,67%.
Para escapar dos aumentos, em Campo Grande, locatários buscam negociação e o congelamento dos preços. Como no caso da Publicitaria Nina Elias, 25 anos. Ela contou que foi até imobiliária da casa em que mora para tentar negociar, e evitar o reajuste. E a negociação deu certo. “O aumento seria de R$ 100, e faz diferença no orçamento, mas como sempre paguei em dia, eles atenderam a minha solicitação”, comentou.
Há 20 anos no mercado imobiliária da Capital, o empresário Marlon Brandt, diz que como consequência da crise, neste ano, o número de clientes que procuram sua imobiliária para pedir um reajuste menor do aluguel, cresceu.
Para driblar as “ciladas” do mercado, o empresário explicou que a opção tem sido congelar os preços, pelo menos, até a crise recuar. “Estamos tentando segurar os preços, precisamos manter o inquilino. É o que temos sugerido”, contou.
Mas nem todos os casos negociação terminaram com sucesso, como contou Professor Célio Rosa, 26 anos. Locatário há cinco anos do mesmo imóvel, ele informou que que neste ano não teve jeito, o aluguel da residência teve reajuste, e o valor passou de R$ 650 para R$ 750. O valor equivale a 15% de aumento, acima do acumulado do último um ano.
Apesar da alta, o professor acredita que o valor ainda está dentro do mercado. “Faz diferença no orçamento, mas ainda conseguimos encontrar bons preços em Campo Grande”.